A partir de 2009, as propagandas de alimentos industrializados deverão apresentar informações alertando para o risco do consumo excessivo de substâncias que, se ingeridas em grande quantidade, são prejudiciais à saúde.

A exigência é da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), visando restringir publicidade de alimentos com altas quantidades de açúcar, gorduras saturadas e trans e sódio.

O alerta deve ser feito pelos próprios fabricantes e também há propostas para limitar o horário de veiculação desses alimentos no rádio e na televisão, além de proibir o uso de personagens infantis, considerados atrativos e influentes na hora da compra.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, a gerente de monitoramento e fiscalização de propaganda da Anvisa, Maria José Delgado, acredita que essa mudança na legislação é um passo importante para reverter os altos índices de obesidade e sobrepeso que o Brasil apresenta.

Dados do IBGE revelam que em 30 anos houve aumento de 4% para 18% no número de crianças e adolescentes do sexo masculino acima do peso. Já entre as meninas, houve aumento de 7,5% para 15,5%.

Essa resolução da Anvisa se baseia no fato de que doenças como diabetes, obesidade e infarto são responsáveis por 50% das mortes no Brasil e representam 69% dos gastos do SUS.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) fez um estudo com 73 países e 85% apresentaram regulamentações sobre publicidades para crianças, entre eles, Noruega, Suécia, Dinamarca, Grécia, Itália e Estados Unidos.

A consulta pública sobre o tema estará disponível ainda nessa semana e, posteriormente, passará por uma audiência pública para que as normas sejam aprovadas e passem a vigorar em 2009.

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Anvisa exige alerta nas propagandas de alimentos