O primeiro álbum do Vampire Weekend, homônimo, foi lançado em 2008 e se tornou um dos queridinhos do mundo indie. A mistura entre sonoridades africanas, sintetizadores e refrões fáceis levou a banda para as pistas de dança do mundo todo. Após dois anos, eles lançam seu segundo CD, Contra, que diminui as incursões no experimentalismo e aposta em músicas distantes do exotismo exagerado do disco anterior.

Contra não tem hits como M79, Oxford Comma, APunk e Cape Cod Kwassa, que alçaram o primeiro álbum da banda ao sucesso, mas nem por isso deixa a desejar no quesito popularidade: faixas como Horchata e Run com certeza vão ficar na cabeça com seus refrões empolgantes.

Os destaques são Horchata, que conta com o percussionista brasileiro Mauro Refoso, da banda-solo de Thom Yorke, a balada Taxi Cab, Run e Diplomat’s Song, que traz um sample de uma música de M.I.A. Mas o ápice é Giving Up The Gun, que sintetiza o melhor de Contra: guitarras competentes e elementos eletrônicos na medida certa.

Se algumas músicas do álbum de estreia do Vampire Weekend pareciam colagens, que misturavam um pouco de tudo, Contra é mais econômico. E, ao maneirar no exotismo e nos sintetizadores, além de explorar elementos de hip hop e reggae em meio a ritmos africanos, o grupo mantém sua identidade e, ao mesmo tempo, aponta para novas direções.


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Vazou: Contra, segundo álbum do Vampire Weekend, traz equilíbrio e maturidade ao som do grupo