Os “capacetes azuis” brasileiros da missão da ONU no Haiti (Minustah) buscam sobreviventes entre os escombros da sede da organização em Porto Príncipe, que desabou após o forte terremoto que atingiu na terça-feira (12) o país.

“Nestes momentos, tropas brasileiras da missão se encontram no edifício para tentar resgatar pessoas, mas por enquanto não encontraram ninguém”, disse em um encontro com a imprensa o subsecretário-geral da ONU para Operações de Paz, Alain Le Roy.

O responsável pelos “capacetes azuis” confirmou que o edifício das Nações Unidas, conhecido como Hotel Cristopher, situado na parte alta da capital haitiana, “desabou”.

Além disso, assinalou que não se sabe quantos dos cerca de 250 empregados que trabalham no imóvel estavam no local durante o abalo, que aconteceu às 16h53 no horário local (19h53 em Brasília), no final da jornada de trabalho.

“Sabemos que há baixas, mas não sabemos quantas”, ressaltou Le Roy, que reiterou que há uma “grande quantidade” de empregados da ONU cujos paradeiros são desconhecidos.

Le Roy indicou que entre eles está o chefe da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah), o tunisiano Hedi Annabi, que estava “junto a muitos outros” na sede da missão quando aconteceu o tremor.

“Estão fazendo tudo o que podem, e por enquanto o mais importante é resgatar as pessoas que estejam soterradas na sede”, indicou Le Roy, que assinalou que “muitos outros edifícios caíram”.

Além disso, disse que entre os edifícios que sofreram danos se encontra a Catedral de Porto Príncipe, o Palácio Presidencial, assim como a sede do Parlamento e numerosas casas e outros imóveis da capital haitiana.

“O que aconteceu é uma tragédia para o Haiti e para a missão de paz das Nações Unidas”, acrescentou.


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Tropas brasileiras buscam sobreviventes em escombros de sede da ONU no Haiti

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