2003 – Escândalo do Banestado
Prédio da primeira agencia do Banestado em Curitiba
Revelado em 2003, o esquema de envio de remessas ilegais de dinheiro para o exterior era gerenciado por agentes ligados ao Banco do Estado do Paraná (Banestado). A rota utilizada para lavagem de dinheiro existiu entre 1996 e 2002 até ser investigada pela Justiça e por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (instaurada em 2003). As investigações localizaram US$ 30 bilhões em 137 contas do Banestado operadas por doleiros apenas entre 1996 e 1999.
2004 – Caso Waldomiro Diniz
Waldomiro Diniz, o braço direito de José Dirceu (PT), era o responsável por obter os recursos junto aos empresários do ramo de jogos
Homem de confiança de José Dirceu (PT), Waldomiro Diniz foi flagrado em vídeo negociando propina com um empresário do ramo de jogos. O dinheiro seria utilizado para financiamento de campanha do PT e PSB no Rio de Janeiro. O caso motivou a abertura da CPI dos Bingos (2005), que investigou uma série de denúncias ligadas ao governo.
2005 – Escândalo dos Correios
Roberto Jefferson (PTB)
A crise surgiu com a revelação da uma fita de vídeo que mostra o então funcionário dos Correios Maurício Marinho, que dizia ter autorização do deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), recebendo dinheiro de empresários. Pressionado, Roberto Jefferson anunciou na mídia o esquema do mensalão, “mesada” paga a deputados para votarem a favor de projetos de interesse do Poder Executivo. Ao lado da CPI dos Bingos, a CPMI dos Correios investigou a procedência dos recursos destinados a parlamentares e ao financiamento de campanhas, além dos operadores do esquema.
2005 – Dólares na Cueca
José Adalberto Vieira da Silva, assessor parlamentar de José Nobre Guimarães (irmão do líder petista José Genoíno), que tentava embarcar em um vôo de São Paulo para Fortaleza, foi preso carregando 100 mil dólares na cueca e 200 mil reais em uma maleta. Detido em flagrante por agentes da PF, Vieira da Silva disse que era agricultor e que o dinheiro era fruto da venda de legumes.
2006 – Sanguessugas/Esquema das Ambulâncias
Escândalo que deflagrou uma quadrilha que tinha como objetivo desviar dinheiro destinado a compra de ambulâncias. Entre seus principais envolvidos estavam os ex-deputados Ronivon Santiago e Carlos Rodrigues.
2008 – Escândalo dos cartões corporativos
Após desgaste, Matilde Ribeiro deixou o cargo
No extrato dos cartões de 2007 verificou-se gastos fora dos padrões cometidos por membros do primeiro escalão, como a ministra Matilde Ribeiro (Igualdade Racial) e o ministro Orlando Silva (Esportes). O cartão, destinado para gastos emergenciais, foi usado para compras em free-shop, tapiocaria e cervejarias.
2008 – Paulinho da Força e os desvios ligados ao BNDES
Paulinho negou envolvimento com as supostas irregularidades
Investigado pela Operação Santa Tereza, da Polícia Federal, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT) estaria envolvido em um esquema de receptação de recursos do BNDES. O esquema contaria com a participação de assessores da Força Sindical, empresários, o advogado do parlamentar, o então prefeito Alberto Mourão (Praia Grande), além da mulher de Paulinho.
2009 – Farra das passagens aéreas
Fábio Faria (PMN) usou cota para levar Adriane Galisteu para Miami
Trata-se da revelação de que parlamentares financiaram viagens turísticas de familiares e amigos com dinheiro destinado a atividade parlamentar. O deputado Fábio Faria (PMN) foi um dos parlamentares que usou a verba de maneira irregular. Com dinheiro público, ele pagou passagens para amigos, artistas e estilistas contratados para trabalhar em seu camarote no Carnatal, o carnaval fora de época de Natal em 2007. O deputado também usou a cota para levar Adriane Galisteu e a mãe da apresentadora de TV, Emma, para Miami.
2009 – Escândalo dos atos secretos
José Sarney (esq.) disse que não sabia dos atos secretos. Já o democrata Heráclito Fortes (dir.), primeiro-secretário do Senado, prometeu investigar o caso
Uma série de denúncias sobre a não publicação de atos administrativos executados pela mesa diretora (tais como práticas de nepotismo) foram noticiadas pela imprensa e provocaram uma forte crise na Senado. O presidente da Casa, José Sarney (PMDB), negou envolvimento nas decisões sigilosas.
2009 – Mensalinho no Distrito Federal
José Roberto Arruda (DEM), protagonista do escândalo de desvios de recursos no governo do Distrito Federal
Também conhecido como “Mensalão do DEM”, a investigação da Polícia Federal na Operação Caixa de Pandora revelou que o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), o vice, Paulo Octávio (DEM), e presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Leonardo Prudente (DEM), além de vários secretários do DF, estariam envolvidos em uma rede de pagamentos a parlamentares do Distrito Federal com dinheiro oriundo de empresas que faziam negócios com o governo.
