Após publicar as relações de melhores CDs internacionais da década divulgadas por alguns dos principais sites de música, o Virgula não podia deixar de criar sua própria lista.

Abaixo, você confere quais foram os 10 discos gringos mais votados nas listas individuais, feitas por toda a nossa redação, dos melhores discos gringos que foram lançados entre 2000 e 2009. Cada escolha está justificada em texto assinado por uma das pessoas que elegeram aquele disco: sim, praticamente todos os jornalistas deste site, não importa a editoria, são apaixonados – e conhecedores – por música. Leia!

 Amy Winehouse – Back to Black
O magricela e junkie Blake Fielder-Civil fez Amy Winehouse sofrer o diabo. Mas, se não fosse ele, a melhor cantora branca de música negra desde Dusty Springfield não teria se inspirado para escrever e cantar Back to Black, excepcional álbum que arrebatou crítica e público e apresentou a soul music para as novas gerações.
(Flávia Durante, editora de Lifestyle)

The Strokes – Is This It?
No começo da década, os Strokes trouxeram de volta a auto-estima ao rock americano, apagado desde o fim do grunge. Os vocais sujos, as gravações sem muitos recursos e, principalmente, as irresistíveis melodias influenciaram diversas bandas e foram o estopim de uma nova cena novaiorquina. Is This It?, de 2001, apresentou a fórmula em músicas que nunca vão envelhecer, como Last Nite e Hard to Explain.
(Fabiana de Carvalho, editora-assistente de News e Diversão)

LCD Soundsystem – Sound of Silver
O grupo liderado por James Murphy, conhecido por reanimar o cenário eletrônico pós-Moby de Nova York, não toca nas rádios brasileiras, mas colou vários hits em todas as boates do mundo. Neste álbum, emplacou a faixa Someone Great e encarnou como ninguém a classificação de rock eletrônico, fundindo batidas de dance music com baterias e guitarra.
(Danilo Poveza, editor de Webradio)

Radiohead – Kid A
In Rainbows pode ser considerada a obra-prima do Radiohead, mas foi com Kid A (2000) que o grupo de Thom Yorke criou experimentalismos radicais sem perder a essência. As camadas eletrônicas e o clima soturno de faixas como Everything in Its Right Place e Motion Picture Soundtrack fazem de Kid A o álbum mais hipnotizante da banda.
(Stefanie Gaspar, repórter de Música)

The Killers – Hot Fuss
Quem dá o play em Hot Fuss, dançante disco de estreia do The Killers, encontra – entre um “Tira o pé do chão, galera!” e outro – uma sequência formada por Mr. Brightside, Smile Like You Mean It, Somebody Told Me e All These Things I’ve Done. É covardia com outras bandas adeptas de camadas de sintetizadores surgidas nesta década. Outro diferencial do grupo de Brandon Flowers é ter singles de respeito, mas sem abandonar a ideia do álbum como um pacote de canções que fazem um sentido se juntas; e outro quando avulsas.
(Braulio Lorentz, editor de Esportes)

Foo Fighters – In Your Honor
O Foo Fighters soube aliar, como nenhuma banda de rock da década, melodias assobiáveis a guitarras pesadas, bom humor e credibilidade artística. Neste CD duplo, a banda gravou 50% das faixas em formato elétrico, 50% acústico. E agregou, de forma brilhante, todos os estilos em que investiu ao longo da carreira: baladas (What If I Do?), rocks sacode-estádio (Best of You, DOA), pop de rádio (Cold Day in the Sun).
(Denis Moreira, editor de Música)

Arctic Monkeys – Whatever People Say I’m, That’s What I’m Not
Na esteira das já consagradas Franz Ferdinand, The Strokes e White Stripes, a banda britânica também foi vista como a “a salvação do rock”, só que mais rápida e furiosa. Esbravejando baladas teens e com velocidade de sobra, as canções de seu primeiro CD agitaram as pistas de dança e deram uma injeção de ânimo no cenário indie mundial. (Bárbara Stefanelli, repórter de News e Diversão)

Arcade Fire – Funeral
O álbum, lançado no final de 2004, recebeu esse nome por causa de uma coincidência sinistra. Ocorreu, quase ao mesmo tempo a gravação de Funeral, o falecimento de familiares de integrantes da banda. Apesar das letras versarem sobre a morte, o tom nunca é sombrio nem dark. Há um anarquismo e um certo otimismo na visão da senhora da foice feita por Arcade Fire. Com uma forte presença de instrumentos de corda (harpa, viola, violoncelo e violino) e arranjos inusitados, os canadenses que encantaram David Bowie deram vida e luz à morte.
(Vitor Angelo, editor de Celebridades)

Radiohead – In Rainbows
A comoção causada pela notícia da inovadora forma de distribuição desse 10º álbum do Radiohead a princípio eclipsou toda a qualidade de In Rainbows. No dia 10 de outubro de 2007, foi liberada a versão digital do álbum para download: o internauta apenas pagaria – se quisesse – o que achava justo. Mas a melancolia profunda de Faust Arp e All I Need e a impecável produção de Reckoner e Nude não têm preço. 
(Vitor Angelo, editor de Celebridades)

Yeah Yeah Yeahs – Fever to Tell
O Yeah Yeah Yeahs revelou ao mundo Karen O, um furacão no palco que pode ser considerada a versão feminina de Iggy Pop. Mas o mérito do som da banda deve ser dividido com o guitarrista Nick Zinner e o baterista Brian Chase, que sabem criar o fundo certo para a expressividade vulcânica e multisonora de Karen. O disco tem música para chorar de dor (Maps) e para pular e chacoalhar a cabeça, guitarras, gemidos, grunhidos (No, No, No e Out of Control). Bom, bom, bom!
(Carol Ramos, editora de News e Diversão)


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Retrospectiva anos 00: Os 10 melhores CDs internacionais, segundo a redação do Virgula