Há pouco mais de seis meses, visitei Nova York pela primeira vez. E fiz aquele ritual básico de quem conhece um novo lugar: comprei um guia turístico enorme e um mapa gigante. Na semana passada, ao visitar a Grande Maçã pela segunda oportunidade, fiz uma experiência: deixei de lado os guias e mapas para utilizar um objeto que me deu a liberdade de circular pela cidade sem a mochila nas costas e o jeitão de turista perdido: um iPhone.

A primeira coisa que fiz foi baixar aplicativos gratuitos e específicos para o destino. Para ter dicas culturais, usei o guia Time Out especial sobre Nova York. Para não me sentir perdido, encontrei o NYC Way, que trazia uma lista imensa dos serviços públicos espalhados pela metrópole. Para finalizar, gastei US$ 2 com o New York Nearest Subway, um app que usa a realidade aumentada para mostrar as estações de metrô ao seu redor.

Para usufruir disso tudo é preciso de internet móvel. A tecnologia 3G nos EUA tem uma velocidade superior a daqui, mas a transmissão de dados em roaming internacional acaba saindo muito caro. Evite-a ao máximo quando estiver fora do País, então o jeito é procurar por um ponto de Wi-Fi liberado. Em Nova York, pelo menos, é bem fácil: a maioria dos cafés e parques (como o Bryant) têm internet sem fio na faixa – e de boa qualidade.

Sair atrás do Wi-Fi alheio não é muito atraente para aquele tipo de turista que costuma viajar com o nariz enfiado em mapas e guias. O que eu fazia, para decorar rotas, era acessar o Google Maps rapidamente quando achava um ponto sem fio e salvar todos os percursos indicados em várias janelas..

O Guia da Time Out também foi ótimo. Sabia dos principais espetáculos culturais do dia assim que o acessava. Já o NYC Way foi uma interessante opção para descobrir endereços de museus e pontos turísticos e seus horários de funcionamento. Por outro lado, o aplicativo New York Nearest Subway foi uma frustração. Autorizei que o serviço identificasse minha geolocalização e depois liguei câmera, apontando-a para a rua. Em tese, na tela do celular deveria aparecer o nome das estações de metrô mais próximas. Mas isso não aconteceu em nenhuma das cinco tentativas.

A surpresa da viagem foi o uso do Foursquare, um aplicativo incrível para turistas. Ao entrar no gigantesco Metropolitan Museum, não sabia por onde começar o tour. Rodei o programa e li várias dicas, como a exposição sobre Egito e a visita ao topo do prédio antes de anoitecer. Foram ótimas sugestões!  Na Times Square, com tantas opções gastronômicas e lojas para se conhecer, o Foursquare me salvou novamente. Usuários indicavam quais os melhores pratos dos restaurantes ao meu redor, assim como o preço deles. Graças a eles comi um dos melhores hambúrgueres da minha vida, além de saber que o o ilusionista David Blaine estava se apresentando na rua.

Durante três dias de viagem, observei que a tecnologia não substituirá os guias e mapas. Mas será uma ótima aliada. A bateria do celular, por exemplo, acabou rapidamente enquanto estava na rua e o jeito foi apelar para um pequeno mapa de bolso que trazia. Em relação aos aplicativos, vale conferir antes a avaliação deles antes de baixá-los. E, se possível, não deixe de testar qualquer ferramenta que traga as opiniões de usuários comuns. O Foursquare me trouxe dicas únicas, de cidadãos locais. Daquelas que não se encontra em nenhum roteiro turístico.


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Que tal viajar apenas com o iPhone no lugar de guias e mapas? O Virgula testou

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