Cena vista em uma balada paulistana na última semana: enquanto o DJ André Paste apresentava um set repleto de mashups, misturando lambada com funk e hard rock, um garoto ficava com o celular direcionado para a caixa de som. Ele não estava tentando achar recepção de sinal ou algo assim, mas identificar o nome da música sendo tocada.

Para quem tem um smartphone, esse é uma cena cada vez mais comum. Existem diversos tipos de aplicativos que prometem identificar aquela música que está tocando na rádio, na rua ou na TV e cujo nome você não lembra. A Motorola, por exemplo, inclui o Motoid em seus aparelhos mais modernos.

Um app disponível para Blackberry, iPhone, Nokia e sistemas Windows Mobile e Android é o Shazam. Lançado em 2002, ele é hoje o mais popular do mundo na categoria “guru musical”, sendo usado por mais de 50 milhões de pessoas em 150 países, segundo a empresa.

A popularidade tem justificativa, pois o serviço é realmente bom. O Virgula Lifestyle testou a versão gratuita dele, que infelizmente vale para apenas uma semana. Mas, como muitos usuários ensinam, é só removê-lo e instalá-lo depois de sete em sete dias.

Para checar o poder do fogo do Shazam, o teste foi feito com músicas de diferentes tipos. Primeiro uma pop, radiofônica, do momento – “California gurls”, de Katy Perry e Snoop Dogg. O serviço rodou um pouco, fez uma busca e, pimba, apontou o resultado certeiro.

Algo bacana do aplicativo é que ele não exibe apenas o resultado da busca, mas também informações como a capinha do CD, quando foi ele lançado, videoclipe da faixa no YouTube e link ela para ser comprada na Amazon. Não precisa anotar a descoberta, pois todas as pesquisas ficam armazenadas.

Em seguida, outra canção pop foi testada, mas de alguns anos atrás: “Toxic”, de Britney Spears. Na mosca novamente, mas com uma curiosidade: ele exibiu um remix da faixa! Aqui já se pôde notar outra característica do Shazam, a dificuldade em matar o nome da música pela melodia. A melhor maneira de utilizá-lo é nas partes que são cantaroladas, principalmente nos refrões.

Isso aconteceu com “Rebolation”, do Parangolé, por exemplo. Por falar em música em música brasileira, a ferramenta não se saiu mal em descobrir de quem é a autoria de canções nacionais. “Garota Nacional”, do Skank, ele acertou de primeira. Porém, não identicou “Bagulho no Bumba”, única música de sucesso do Virgulóides e nem “Uh Uh Uh La La La Ie Ie”, do Pato Fu, não tão conhecida assim, mas que foi um single com clipe musical.

No caso de “one hit wonders” internacionais, Shazam deu show. Sabe aquele sucesso grudento do passado que você não lembra o nome do cantor de jeito algum? Para isso ele é ótimo: mandou bem ao acertar “The Way” e “Follow You Dow”, músicas de Fastball e Gin Blossoms, grupos sumidos dos anos 1980.

Por último, o que se pôde aprender com o Shazam é que ele serve apenas para hits, não faz ideia do que sejam músicas que não fizeram sucesso. Usamos a terceira faixa do último de Kylie Minogue, “Aphrodite”, e ele não a identificou. O primeiro single do CD, por outro lado, sim.


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