Uma mulher que assegura ser mãe de cinco das 33 crianças que um grupo de americanos pretendia tirar ilegalmente do Haiti no sábado foi na segunda (1) à Polícia e disse estar arrependida de tê-las entregue.

Magonie foi à Direção Central da Polícia Judiciária (sede provisório do Governo) em companhia de outras supostas mães dessas crianças e declarou à imprensa que pensava que os filhos estariam melhor com os americanos.

“O pastor (que liderava o grupo) disse que lhes daria uma vida melhor, mas agora estou arrependida”, disse a mulher momentos antes de entrar para falar com os policiais.

Após falar com a imprensa, uma ministra do Governo encorajou a mãe a entrar nas instalações da Brigada de Proteção de Menores (BPM) para apresentar a denúncia.

A ministra da Comunicação, Maire Laurence Lassec, disse hoje que “parece que várias crianças têm pais”, mas não soube dar detalhes.

Os americanos disseram desde o momento em que foram detidos que as crianças eram órfãs e que seriam levadas a um novo orfanato da organização em Santo Domingo.

Na segunda foi divulgado que os dez americanos, que dizem pertencer à organização New Life Children’s Refuge com sede em Idaho, compareceriam diante de um juiz de Porto Príncipe, mas até agora não há confirmação de que isso tenha ocorrido.

O juiz deverá decidir se serão julgados no Haiti ou em seu país, segundo informou a ministra de Comunicação e Cultura, Marie Laurence Lassec.

A ministra explicou que foi a polícia de fronteiras que parou no sábado passado o ônibus no qual viajava o grupo de crianças haitianas, alertada porque estes seriam acompanhados de um grupo de adultos com aparência de estrangeiros.

“As crianças não tinham nenhuma documentação, portanto a Polícia chamou a direção em Porto Príncipe e ordenou o retorno do ônibus”, disse a ministra.


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Mãe de crianças apresenta queixa contra americanos no Haiti