Pouco mais de um ano após o confronto pela Taça Libertadores do ano passado (na qual a LDU se sagrou campeã nos pênaltis, em pleno Rio de Janeiro), o Fluminense volta a decidir uma competição continental contra a equipe do Equador, nesta quarta-feira (25), em Quito.
Nesse espaço de tempo, entre a amargura tricolor e a euforia equatoriana, muita coisa mudou para o embate de logo mais. Outras nem tanto, afinal, a disputa começa no Equador e, mais uma vez, será disputada no Maracanã. Mas, se naquela ocasião, a América estava em disputa via Libertadores, desta vez, a decisão é válida pela Copa Sul- Americana e, tanto Tricolor como na LDU, tudo está diferente.
Titulares
Do time que entrou no gramado do Maracanã para a partida final da Libertadores 2008, apenas o argentino Dario Cónca era titular do Fluminense, e, ainda hoje, é peça fundamental entre os que iniciam o jogo. No time equatoriano, com o desmanche ocorrido após a conquista, atualmente, somente dois atletas continuam entre os 11 titulares: o volante Norberto Araujo e o experiente atacante Claudio Bieler.
Sob novas proteções
Embaixo das traves das duas equipes, mudanças consideráveis. Em 2008, já desde outras temporadas, o prata da casa Fernando Henrique eram quem defendia o gol do Flu e, na competição, viveu sua melhor fase com a camisa tricolor. Hoje, quem está na meta carioca é Rafael, ex-Vasco. Do outro lado, o herói da conquista equatoriana ao pegar três pênaltis na decisão, o arqueiro Cevallos, que também era goleiro da seleção do Equador, deu lugar ao Alexander Dominguez, considerado inconstante pela imprensa local.
Liderança vira-casaca
De 2008 para 2009, a LDU perdeu nada menos do que o capitão da conquista da Libertadores e, justamente, para o Fluminense: o volante Urrutia, maior símbolo de liderança no sistema de jogo da equipe equatoriana, chegou ao Brasil para defender o Flu e, para tristeza dos cariocas, não repetiu as boas atuações de outro. Sofrendo com lesões e falta de ritmo de jogo, o jogador sequer viajou à Quito, pois não está inscrito na Sul-Americana.
Xerém fará a diferença?
A equipe do Fluminense era considerada muito mais experiente no ano passado. O lateral Gabriel, o zagueiro Luiz Alberto e os atacantes Washington e Dodô misturavam-se a jogadores decisivos naquele momento, como os meias Arouca e Thiago Neves. Hoje, a equipe depende das atuações de jovens da base, como Alan, que, assim como em 2008, conta com a estrela de um atleta para concluir
Momentos distintos
Flu e LDU se pegam na Sul-Americana para salvarem o ano, e a coincidência acaba por aí. No Campeonato Equatoriano, embora não tenha mais chances de título, a campeã da Libertadores do ano passado luta para assegurar-se novamente na competição, e está na ponta da tabela de classificação. Nas Laranjeiras, sabe-se bem que o cenário do time no Brasileirão é completamente o contrário: o Tricolor está invicto há alguns jogos, vem realizando boas partidas, mas, com 42 pontos, é apenas o 17º colocado, e precisa vencer as duas últimas partidas para escapar do rebaixamento.