A Comissão Europeia (CE, órgão executivo da União Europeia) se mostrou cética diante do anúncio da Microsoft de que venderá na Europa a nova versão de seu sistema operacional Windows sem o navegador Internet Explorer, ao considerar que isto poderia prejudicar os consumidores.


 


A gigante da informática anunciou nesta quinta-feira que os usuários europeus do Windows 7, que em outubro substituirá o Vista, terão de instalar eles mesmos um navegador, um movimento com o qual a empresa americana pretende satisfazer as exigências da UE em matéria de concorrência.


 


No entanto, Bruxelas não se mostrou totalmente satisfeita com a decisão da empresa e considera que, embora a venda do Windows sem o Explorer possa trazer lucro para os fabricantes de computadores, não será boa para os usuários.


 


Em comunicado divulgado ontem à noite, o Executivo comunitário lembrou que tinha sugerido à Microsoft que oferecesse vários navegadores alternativos em seus sistemas operacionais.


 


“Em vez disso, a Microsoft aparentemente decidiu oferecer aos consumidores uma versão do Windows sem nenhum navegador. Em vez de mais oferta, a Microsoft parece ter decidido oferecer menos”, assinalou a CE.


 


Em seu comunicado, o organismo lembra que “em breve” tomará uma decisão sobre a investigação que abriu sobre a possibilidade de a Microsoft ter abusado de sua posição dominante ao integrar desde 1996 o Internet Explorer em seus sistemas operacionais, os mais usados no mundo.


 


As autoridades europeias acreditam que essa prática poderia dar uma vantagem desleal ao Explorer em relação a seus concorrentes e, por isso, tinham recomendado à Microsoft que fornecesse navegadores alternativos no Windows.


 


Bruxelas mantém há anos uma dura batalha com a gigante americana, que foi multada pela UE em 1,676 bilhão de euros por não respeitar as regras da concorrência.



 


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UE questiona decisão da Microsoft de vender Windows sem Explorer

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