Se estamos esperando que o diretor Michael Bay jogue a toalha, ele avisa: “Estou sim cansado depois de três anos de filmagem, mas voltarei para um novo Transformers muito em breve.” 

Bom de briga, Bay lança nessa semana seu Transformers: A Vingança dos Derrotados, com o dobro de ação, o dobro de piadas e incontáveis novos robôs que se espalham dentro e fora da Terra num espetáculo visual atordoador.

A trama continua exatamente do ponto em que parou em Transformers. Alguns anos após os incidentes do primeiro filme, Sam Witwicky (Shia Labeouf) finalmente está pronto para a vida adulta e parte para a faculdade, longe dos pais, da namorada – interpretada pela estonteante Megan Fox – e de seu carro robótico, Bumblebee. Enquanto isso, ao redor do mundo, seus amigos alienígenas se encontram envoltos com uma caçada internacional aos Decepticons sobreviventes desde a derrota de Megatron, o grande rival dos Autobots, ainda liderados pelo invencível Optimus Prime.

No entanto, no melhor espírito “a guerra em nosso quintal”, Sam se vê novamente mergulhado na batalha dos Transformers quando passa a enxergar antigos símbolos alienígenas que fazem dele o alvo e trunfo preferencial dos dois lados do conflito, conseqüentemente estripando-o da vida semi-normal que tentava levar na faculdade.

MAIS COMÉDIA QUE AÇÃO

Com novos personagens introduzidos ao longo das duas horas e meia de filme, A Vingança dos Derrotados parece funcionar muito melhor enquanto comédia do que como filme de ação. Não que as cenas de luta não sejam embasbacantes, mas talvez por isso seja difícil acompanhá-las. São muitos os robôs, muitas as guinadas de câmeras e giros contínuos em cenários cheios de explosões. Acompanhar a ação nesse contexto é um desafio. Por isso, os momentos de comédia recebem um destaque maior, a começar com os pais de Sam, interpretados brilhantemente por Kevin Dunn e Julie White. Roubando a cena, o casal garante os momentos mais cômicos desse longa frenético em quase todos os sentidos.

Outro destaque é Ramon Rodriguez, o novato que veremos em breve em O Seqüestro do Metrô, unindo-se ao veterano John Turturro, que dessa vez está muito melhor como o agente Simmons, expatriado do Setor 7 no primeiro filme. Para completar as boas escolhas cômicas do diretor de elenco, destaca-se também a participação especial de Rainn Wilson, como um egocêntrico professor de astronomia.
 
No quesito vilania, o novo inimigo surge logo no título original, o “Fallen”. Querendo vingança contra Optimus Prime, o gigantesco novo robô leva-nos a uma operação bélica no Egito, o ápice das cenas de ação, funcionando quase com um showroom militar de tanques, naves, porta-aviões e monstruosidades robóticas.

Com homenagens nada discretas a si mesmo, incluindo aí duas tomadas no meio do filme de um pôster de Bad Boys 2, Michael Bay termina deixando pontas soltas suficientes para retornar numa terceira seqüência. Quando perguntado por jornalistas brasileiros em coletiva de imprensa dada direto de Los Angeles se Transformers tornaria-se a franquia pelo qual seria lembrado, Bay respondeu: “faço isso há apenas 16 anos, pode ser que Transformers seja meu melhor trabalho, mas ainda farei muito mais pela frente. Pergunte-me daqui há 10 anos”. E que venham mais explosões.

Transformers em A Vingança dos Derrotados estréia no Brasil dia 23 de junho.


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Transfomers 2: o dobro de ação, de piadas e de robôs