Quem foi hoje (5) ao Via Funchal ver a apresentação da banda The Calling encontrou uma platéia escassa e desanimada para o show do grupo, que não lança um álbum de inéditas desde 2004.

Quinze minutos antes do início do show, o Via Funchal ainda estava vazio, e havia lugares disponíveis até mesmo na grade. O público era composto em sua maioria por adolescentes, mesmo o período de maior sucesso da banda tendo sido em 2001. Os novos fãs do The Calling, entretanto, não conseguiram animar a platéia do show, que ficou parada durante boa parte da apresentação.

O vocalista Alex Band bem que tentou jogar o cabelo para o lado, fazer caras e bocas e sorrir para as fãs, mas seu charme pessoal não foi suficiente para encobrir o fato de que a banda ao vivo é apenas mediana, tocando os mesmos hits sempre da mesma maneira. O show foi basicamente uma coletânea dos sucessos antigos do grupo, como Adrienne, Wherever You Will Go, Anything e Stigmatized, e mostrou que o repertório da banda não ganhou maturidade com os anos, já que não consegue ir além de melodias adolescentes e grudentas.

Alex Band tentou emocionar os inúmeros casais presentes com uma sessão de músicas acústicas, ressaltando o romantismo de cada uma delas cantando de maneira emotiva e delicada. Além disso, o vocalista fez questão de dar a entender que o The Calling não terminou, anunciando o que ele chamou de duas novas músicas – que eram, na verdade, duas canções de seu repertório solo, Tonight e Never Let You Go.

Após cerca de uma hora e meia de apresentação, o The Calling se retirou do palco, sem nenhuma inovação e mostrando que, mesmo que a banda continue junta e cumpra a promessa de lançar um álbum de inéditas em 2009, muito pouca coisa vai mudar em relação à sonoridade ultrapassada e pouco estimulante do grupo.


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