Já repararam como o Google controla a nossa vida? Este repórter que vos fala é um bom exemplo. Praticamente 90% do que utilizo na internet tem o copyright da empresa. Fora utilizar o navegador deles para praticamente tudo, fico o dia inteiro no Gmail e sempre dou uma olhada no Orkut. Falo com meus amigos pelo Gtalk, passo horas no YouTube, utilizo o editor de imagens do Picasa e meu blog pessoal é hospedado dentro do Blogger. Se estou perdido, corro para o Google Maps e o Google Docs há muito tempo é o meu novo Word. Apenas deixei um pouco de lado o Google Reader, principalmente em razão de um certo Twitter.


 


Então vocês podem imaginar a ansiedade que eu tinha para adentrar no Google Wave, um grande comunicador do grupo que integra, em um só espaço, e-mail, comunicadores instantâneos e outros tipos de ferramentas 2.0. Para poder utilizá-lo é preciso de um convite, algo que nas últimas semanas vem sendo tão disputado ao ponto de ser vendido no eBay. O Virgula não precisou pôr a mão no bolso e, durante um dia, testou o bichinho. Confiram a nossa impressão.


 


PRIMEIROS PASSOS


 


A primeira surpresa em torno do Wave é que ele não funciona no Internet Explorer. Quer dizer, pode até ser que isso aconteça. Uma mensagem sugere que se utilize o Firefox, o Chrome ou o Safari. E deixa um recado nada amistoso para quem escolher pelo navegador da Microsoft: “se quiser continuar, o risco é por sua conta”.


 


Melhor não, né? Optamos pelo browser da Mozilla.


 


A página do Wave é dividida em 4 janelas customizáveis. Pode-se aumentar seus tamanhos, diminuí-los… É só arrastar e jogar prum lado e pro outro. Visualmente parece que o Google pegou suas ferramentas e enfiou tudo num só espaço. A parte direita é dedicada à troca de mensagens, as tais waves. Elas são um grande e-mail 2.0, que permitem agregar alguns gadgets, como o Google Maps.


 


O Wave é uma grande ferramenta interativa. Para usufruí-lo dá melhor maneira possível é preciso ter bastante contatos, que já estejam devidamente credenciados para utilizar o serviço. Eles aparecem numa janela no canto inferior esquerdo, tal qual o Gtalk. Ao clicar sobre eles, pode-se optar por trocar e-mails, bater um papo, enviar um vídeo, foto, link e até documentos. Tudo é integrado em um único espaço e isso é muito legal.


 


Pode-se criar essas ondas privativas com alguém ou mesmo chamar vários contatos para um fórum. Bem interessante e social. Para adicionar alguém à sua onda, é só clicar no símbolo de “+”. A interface que serve de home concentra todas as atividades que rolam entre você e seus contatos – das que estão rolando em tempo real (como um live chat) e das mensagens antigas.


 


Uma novidade bem bacana é poder criar eventos pelo Wave, igual ao Orkut e ao Facebook. Dá até para acompanhar em um gráfico de quem poderá comparecer ou não.


 


O Wave permite que terceiros criem aplicativos para o sistema. Aos poucos nascem os primeiros. O Twitter, é claro, já tem um que permite tuitar de dentro dele (Tweety), assim como ler os posts de quem você segue.


 


JOGA PRO POVÃO


 


Acredite, o Google Wave é basicamente isso. É difícil entender o seu conceito, na verdade. É um e-mail moderno, misturado com rede social. Afinal, as pessoas conseguem ler o que você está escrevendo em tempo real. Sua restrição inicial pesa contra, pois só se saberá o seu real potencial depois que for massificado – e melhorado, pois é cheio de bugs. Potencial tem, apesar de ser um bocado confuso. Por diversas vezes o repórter se perdeu em algumas funções e não sabia como voltar à interface inicial (isso porque o Google comunicou que, durante alguns testes prévios, a criançada se virou muito bem com o Wave).


 


Por isso mesmo, não se desespere por um convite para o Wave. Essa tal onda que andam falando por aí, na verdade, é apenas uma marola. Mas, por se tratar do Google, não duvide que ela possa virar um tsunami no futuro.


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Testamos o Google Wave: por enquanto, ele não passa de uma marola

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