O terremoto de sete graus na escala Richter que castigou nesta terça-feira (13) o Haiti deixou o país caribenho praticamente incomunicável e imerso na desolação perante aquela que deve ser uma catástrofe de grandes proporções.
Edifícios destruídos, fechamento do aeroporto de Porto Príncipe, colapso das comunicações e isolamento de numerosos pontos do país são algumas das primeiras consequências do desastre, que teve seu epicentro a cerca de quinze quilômetros da capital haitiana e foi seguido por três fortes réplicas.
A magnitude do abalo, ocorrido às 19h53 de Brasília, gerou um alerta de tsunami emitido pelo Centro de Advertência de Tsunamis dos EUA, retirado duas horas depois.
Ainda não se sabem dados sobre vítimas nem danos materiais, mas já circulam as primeiras imagens de falecidos, imóveis destruídos e escombros por todas as partes.
O tremor causou danos em numerosos edifícios da capital haitiana, como o que abriga a sede das Nações Unidas, além de supermercados, hotéis, ao menos um hospital e outras construções. A catedral da cidade caiu, o palácio presidencial sofreu danos e é praticamente impossível circular de automóvel pelas ruas, invadidas pelos escombros.
As comunicações por telefone ficaram cortadas após o terremoto, que causou graves danos nas redes de telecomunicações.
O fenômeno foi sentido em praticamente toda a ilha de Hispaniola, cujo território é compartilhado por Haiti e República Dominicana, embora neste último país as primeiras informações oficiais não revelem danos muito graves, e também teve reflexo no leste de Cuba.
Foi um dos terremotos mais graves registrados na ilha, onde em 1946 aconteceu um tremor de 8,1 graus seguido de um tsunami que afetou Nagua, no litoral nordeste da República Dominicana.
Vários países, entre eles Estados Unidos, República Dominicana, Nicarágua, Venezuela, Canadá, Colômbia e Panamá já se comprometeram a ajudar o Haiti após o desastre, que pode ter proporções “catastróficas”, segundo disse o embaixador haitiano nos EUA, Raymond Joseph.
Joseph pediu a assistência dos Estados Unidos para enfrentar os danos. “O país necessitará toda a ajuda que possa receber”, disse.
O diplomata disse que, segundo previsões, o número de vítimas fatais após o terremoto “vai ser bastante alto” e destacou a precariedade das construções em Porto Príncipe, cidade que cresceu sem planejamento.
NOTÍCIA ANTERIOR:
Redley e R. Groove ousam em propostas masculinas na passarela do Fashion Rio
PRÓXIMA NOTÍCIA:
Tropas brasileiras buscam sobreviventes em escombros de sede da ONU no Haiti