Um conjunto de montanhas que cercam a cidade de Teresópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, foi transformado hoje (6) na maior unidade de conservação municipal do estado. Com cerca de 5 mil hectares, a área abrange a Pedra da Tartaruga, um dos principais pontos de escalada e ecoturismo da cidade, mas alvo constante da exploração irregular de granito.

Com a implantação da unidade, quase duas vezes maior que o Parque Nacional da Tijuca, na cidade do Rio, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que participou da assinatura do decreto municipal hoje, reforçou que Teresópolis ficará rodeada por um corredor ecológico, fundamental para fluxo da biodiversidade na Mata Atlântica fluminense.

“Na Amazônia, temos que reduzir o desmatamento. Na Mata Atlântica, onde já devastaram tanto, é preciso ampliar. Então, temos que fazer corredores florestais, principalmente para a fauna mais pesada, como mamíferos de grande porte. Nesse caso, o parque vai fechando um corredor com o [Parque Estadual] dos Três Picos e o [Parque Nacional da] Serra dos Órgãos”, explicou.

O prefeito da cidade, Jorge Mário Sedlacek, lembrou que, além de proteger o meio ambiente, a unidade trará mais recursos para o município, que será beneficiado pelo aumento de repasse do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). É que o governo estadual premia as cidades atentas às questões ambientais, ressaltou.

“Com a criação do aterro sanitário, no final do mês, esperamos dobrar essa arrecadação. O valor do repasse, que hoje é de R$ 800 milhões, deve chegar a R$ 1,6 bilhão, em 2010. Isso representa mais possibilidades de investimento, inclusive, em outras áreas”, afirmou.

Com a instalação do Parque Montanhas de Teresópolis, passará a ser discutida, em uma nova etapa, por meio de um plano de manejo, a gestão da unidade, que abrange também a Pedra do Camelo e os bairros de Posse, Granja Florestal e Campo Grande.


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Teresópolis cria a maior unidade de conservação municipal no estado do Rio de Janeiro

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