Nas últimas semanas, muito tem se falado sobre os políticos que estão aderindo ao Twitter como forma de manter um contato mais próximo com os eleitores. Mas, para o senador Cristovam Buarque, o uso da tecnologia para esse fim não é novidade.

Não satisfeito com um portal, um blog e emails pessoais e do Senado, ele e sua equipe colaboram com um eleitor que se ofereceu a criar e manter um perfil no serviço de microblog. “Eu me interessei pelo Twitter assim que fiquei sabendo de sua existência. Aí esse rapaz nos procurou, espontaneamente, querendo ajudar. Agora nós fazemos os posts em conjunto”, explica o senador.

A razão para tudo isso, segundo ele, é a necessidade de utilizar as ferramentas mais adequadas aos tempos atuais. “Daqui para frente, esse vai ser não só o melhor, mas sim o único caminho que vai permitir a relação do político com o povo. Se recusar a aderir à comunicação virtual hoje em dia é como se alguém, no início do século, se recusasse a usar o telefone e ficasse só escrevendo cartas”, compara.

Buarque calcula que responde entre 200 e 300 emails por semana. Depois que sua secretária faz uma primeira triagem, apenas para eliminar os spams, ele responde cada um à mão, e pede que um assessor digite e envie.

Curiosamente, ele chega até a escanear os textos algumas vezes. “Faço isso para aquelas pessoas que já começam suas mensagens com um ‘sei que não é o senhor que vai ler’. Aí elas se convencem de que eu li mesmo”.

Ele garante que as respostas são sempre suas. Mesmo quando viaja ou tem muitos compromissos, prefere deixar os emails acumulados a pedir que seus assessores respondam por ele. E diz que nos primeiros a receber resposta são justamente os mais críticos.

“Agora há ruas virtuais. As manifestações passaram a ser na internet: 200 mensagens são como uma passeata. O email é como se fosse o cartaz do internauta”, conclui.


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Senador adota comunicação virtual para se aproximar de eleitores

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