Revelado na Vila Belmiro, Robinho foi a maior negociação do futebol brasileiro. No time campeão brasileiro montado por Emerson Leão, o atacante era, de longe, quem mais chamava a atenção. Teve muita gente que apontava Diego como o craque do time (normal, agora discutimos Neymar e Ganso).

Do período que surgiu até sua afirmação quem brilhava era Ronaldinho.

Robinho fez muito mais pelo Santos do que Ronaldinho tinha feito pelo Grêmio (ganhou um campeonato gaúcho em 99 contra dois brasileiros em 2002 e 2004).

Tinha tudo para conquistar o mundo. Mas chegou na hora errada à Madrid, se perdeu em um time que não tinha nenhum tipo de comprometimento e se achou acima do bem e do mal. Foi usado como moeda de troca e errou, de novo, quando deveria ter se preocupado com questões técnicas ao invés de preferir o dinheiro do Manchester City.

Divorciou-se do agente Wagner Ribeiro; fez valer sua vontade, retornou ao Santos e promete um objetivo que parecia distante irreal: “serei o melhor jogador da Copa do Mundo”. Dunga e Dorival Junior tiveram participação decisiva na recuperação do jogador.

Na seleção, Robinho atua mais pela esquerda, tem papel fundamental na recomposição da equipe. Lembra-me muito seu início no Santos, quando mesmo sendo atacante, era um dos que mais roubavam bolas. No Real, ficou limitado a espaços curtos, completamente fora de suas características. No City, piorou.

O jogo diante do Grêmio pela Copa do Brasil foi a comprovação de sua recuperação: mostrou (muitas) qualidade de atacante na conclusão que originou o segundo gol. No terceiro, roubou a bola que dá origem ao lance que definiu o jogo.

Não imagino algum técnico na Europa montando um time com o Robinho atuando dessa maneira; parece improvável.

SE…

Se cumprir a promessa de ser o melhor da Copa, chamará novamente a atenção dos clubes de ponta.

Se isso acontecer pode ser escolhido como melhor do mundo pela FIFA (fato raríssimo para atletas que não atuam na Europa).
 
Se tudo isso der certo, Parabéns!! Você será hexa!!
 
Acredito nisso, cada vez mais.

Enquanto isso…

Ronaldinho deu entrevista a uma rádio de Monte Carlo e disse que não vai assistir aos jogos da Copa. Parece estar incomodado com o peso de (ainda) ser profissional de futebol.

Em 2008, quase partiu para o litígio com o Barcelona. Gaúcho maltratou a chance que lhe foi dada, teve tudo para fazer parte do seleto grupo de intocáveis do futebol mundial. Houve quem o comparasse a gênios como Maradona, Platini, Zico e até Pelé.

Fique tranqüilo: você já foi campeão do mundo e, merecidamente, o melhor do planeta.

Nessa atribulada vida de atleta talvez tenha lhe faltado isso: férias. Agora aproveite.

(Colaboração: Raphael Prates)


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Robinho: pronto para cumprir a promessa

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