Dois anos após o governo de São Paulo anunciar o Programa de Revitalização da Serra do Mar, nenhuma casa foi desocupada nas áreas de risco que ficam ao longo da Via Anchieta, onde moram cerca de 15 mil pessoas. A via é a principal ligação entre a capital e o litoral.

O atraso nas remoções, segundo o governo estadual, aconteceu após a Justiça suspender, no segundo semestre do ano passado, as licitações para a construção de moradias populares em Cubarão, para onde parte das famílias seriam transferidas. O governo admite que não conseguirá cumprir a meta, que era retirar as famílias até o final deste ano.

As ocupações começaram nos anos 50, durante as obras da Via Anchieta. Os moradores não possuem água encanada nem coleta de esgoto. Buscam água com canos improvisados em cachoeiras do parque. Convivem com córregos poluídos, risco de deslizamentos e enchentes, além da falta de transporte público e perigo de atropelamento. Muitos, porém, não querem sair pois não podem, ou não querem, pagar por uma nova moradia, bem como pela água e luz. O programa de revitalização da área foi orçada em mais de R$ 700 milhões.


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Revitalização da Serra do Mar, ao longo da Via Anchieta, ainda não saiu do papel

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