O Tamar, talvez o mais famoso projeto ambiental no Brasil, completa 30 anos este mês. Atualmente a organização monitora cerca de 20 mil desovas de tartaruga todos os anos na costa brasileira e libera pelo menos 900 mil filhotes no mar, um quadro muito diferente do começo, quando o ciclo de desova estava praticamente interrompido.

O estabelecimento da organização foi graças um grupo de estudantes que cursava os últimos anos da Faculdade de Oceanografia da Universidade Federal de Rio Grande, numa época em que nenhum trabalho de conservação da vida marinha era feito no Brasil e tartarugas já figuravam em listas de espécies ameaçadas de extinção.

Numa das viagens de pesquisa do grupo pelo litoral, em 1977, os estudantes presenciaram a matança de 11 tartarugas por pescadores no Atol das Rocas (RN). O grupo percebeu ali a necessidade de um trabalho direcionado para a preservação da vida marinha. Em 1979, o Brasil foi convidado pela Organização dos Estados Americanos para uma reunião em Washington sobre o tema, mas até então, nada tinha para apresentar. Foi aí que o grupo de estudantes foi escalado para montar uma equipe e trabalhar o assunto.

Hoje, o projeto conta com 23 bases de pesquisa e 11 centros de visitantes, que recebem 1,5 milhão de pessoas ao ano. Apesar do sucesso da empreitada, as tartarugas marinhas ainda não estão livres do perigo. Redes de pesca e lixo jogado no mar (as tartarugas comem pensando se tratar de alimento) matam milhares de animais todos os anos, o que mantém a necessidade do projeto nos trabalhos de conscientização de pescadores e população em geral.


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Projeto Tamar comemora 30 anos atuando na preservação da vida marinha

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