Festeiro, debochado e dona de uma sensibilidade musical aguçada, o produtor e jornalista Ezequiel Neves morreu nesta quarta (7), aos 74 anos. Desde janeiro, ele estava internado na Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro, onde morreu de falência múltipla de órgãos.
Por uma bizarra coincidência, Neves morre exatamente no 20º aniversário da morte de seu grande amigo Cazuza.
Neves escreveu para a primeira encarnação brasileira da revista Rolling Stone, nos anos 70, ao lado de Ana Maria Bahiana. Era tão fã dos Rolling Stones (a banda), que ganhou o apelido de Zeca Jagger por um tempo.
Neves foi um dos padrinhos do Barão Vermelho, produzindo seus álbuns e ajudando a compor várias de suas músicas. Quando Cazuza saiu em carreira solo, Neves estava a seu lado. Foi um dos co-autores de seu primeiro hit sozinho, “Exagerado”.
Há dois anos, lançou a biografia do Barão Vermelho, escrita em parceria com o jornalista Rodrigo Pinto e com Guto Goffi, um dos membros originais do grupo.
Ezequiel Neves convivia com um tumor benigno no cérebro, enfisema e cirrose há cinco anos.
