A pobreza na população urbana da Argentina caiu 2,4 pontos percentuais em 2008, comparando seu final em relação ao primeiro semestre, fechando o ano em 15,4%, segundo informou nesta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).

Já o índice de indigência -pobreza extrema- ficou em 4,4% em dezembro do ano passado, com um ponto percentual a menos do que o período entre janeiro e junho.

A estatística oficial aponta que, no final do ano passado, 757 mil famílias -equivalentes a 3,754 mil pessoas- se encontravam abaixo da linha de pobreza.

“Nesse conjunto, 246 mil famílias, ou 1,088 milhões de pessoas se encontram, por sua vez, sob a linha de indigência”, sem dinheiro suficiente sequer para se alimentar devidamente.

A presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner, disse nesta sexta, em São Paulo, que estes índices “ainda envergonham”.

No entanto, ela afirmou que a diminuição dos índices “revela que o modelo econômico e político” de seu Governo permite que “o crescimento econômico não chegue somente a poucos”, após se reunir na capital paulista com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A pobreza na Argentina vem diminuindo, no entanto, gradativamente desde o recorde de 57,5% registrado em outubro de 2002, após a explosão de uma das crises econômicas mais graves de sua história.

No final de dezembro, era considerada “pobre” uma família de quatro membros com renda mensal inferior a 979,85 pesos (R$ 606).

A medição realizada semestralmente pelo Indec é questionada por economistas, dirigentes da oposição e empregados do próprio organismo.

Ela leva em conta o nível de vida nas 31 cidades mais povoadas do país.


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Pobreza urbana caiu para 15,4% na Argentina em 2008