O mundo comemora hoje, dia 20 de julho, os 40 anos desde que o primeiro homem pisou na Lua, durante a missão Apollo 11. Feito espetacular, sem dúvida. Uma questão, no entanto, deixa de ser considerada quando a humanidade se maravilha com nossa capacidade de colocar naves e humanos no espaço: a enorme impacto ambiental envolvido em todo o processo, a chamada pegada de carbono.

O lançamento de um foguete tripulado gera, segundo a revista científica Discover, cerca de 28 toneladas de dióxido de carbono (CO2), além de outras 36 toneladas de substâncias nocivas ao meio ambiente, como perclorato de amônio e parte do próprio equipamento que são descartados durante a subida ao espaço.

Apesar do combustível do foguete em si ser hidrogênio líquido, ou seja, que produz apenas vapor d’água quando queimado, cientistas apontam que a quantidade de energia elétrica necessária para produzir as 113 toneladas de combustível usadas durante o lançamento, resultam na emissão de, pelo menos, 672 toneladas de CO2, já que metade da energia elétrica produzida nos Estados Unidos – principal país a lançar missões tripuladas ao espaço e usado aqui como referência –  vem de   usinas termoelétricas que produzem eletricidade com a queima de carvão. Isso tudo sem considerar os custos ambientais do transporte do combustível em caminhões-tanque.

O programa espacial trouxe importantes inovações tecnológica para a humanidade ao longo das últimas décadas, mas o apelo agora é para  que agências espaciais em todo mundo se preocuparem mais em reduzir sua pegada de carbono, tornando seus programas mais sustentáveis.


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Pegada de carbono de programa espacial precisa ser levada em consideração