Você já imaginou que um simples Big Mac pode ser também considerado um importante indicador da economia de um país? Pois é, desde 1986 a revista The Economist publica o chamado Índice Big Mac, que usa o sanduíche para tentar avaliar o real valor do câmbio em vários países, sem levar em consideração os humores do mercado de curto prazo.
A idéia começou como uma brincadeira dos editores da publicação britânica, mas mostrou que é um bom indicador de longo prazo para diferentes moedas em todo o mundo. Seu objetivo é comparar o preço do mais popular sanduíche do McDonalds, que é produzido exatamente da mesma forma em todo o mundo, chegando assim ao valor real de cada moeda.
No caso do Brasil, principalmente a partir de 1999 quando o câmbio passou a ser livre, o índice mostrou o dólar bastante caro, principalmente em momentos de instabilidades. No entanto, quando a divisa dos Estados Unidos adotou sentido oposto e passou e perder valor, a partir do início de 2007, foi possível verificar que era a vez do real estar muito valorizado.
A última edição do índice foi publicada no início de fevereiro e levou em consideração o dólar cotado a R$ 2,32. Com isso, o Big Mac no Brasil estava custando US$ 3,45, contra US$ 3,54 nos EUA. A diferença era de apenas 2% e a cotação ideal da moeda americana indicada era R$ 2,27.
No ano passado, quando o dólar estava baixo, o índice levou em conta o sanduíche com um preço médio de R$ 7,45 no Brasil. Em julho, o dólar foi negociado a R$ 1,58 e com isso o Big Mac custava US$ 4,73, sendo o mais caro entre os países em desenvolvimento. Na época, o câmbio ideal era de US$ 2,1, com o real 33% mais valorizado que o ideal.
Confira o preço do Big Mac em alguns países (em dólares)
EUA US$ 3,54
Argentina US$ 3,30
Austrália US$ 2,19
Brasil US$ 3,45
Inglaterra US$ 3,30
Zona do euro US$ 4,38
Noruega US$ 5,79
Malásia US$ 1,52
Rússia US$ 1,73
Os dados são da revista The Economist no início de fevereiro de 2009. Levando em consideração o câmbio atual, abaixo de R$ 2,20, o Big Mac custa, atualmente, cerca de US$ 3,62. Vale lembrar que a pesquisa não leva em conta o custo de produção nem o poder de compra pra população no país.
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