Uma das modalidades mais fortes da atualidade no Brasil, o vôlei começa a seguir caminho semelhante ao do futebol. E a exportação de atletas já começa a chamar atenção com o resultados positivos apresentados lá fora de nomes pouco conhecidos por aqui.

Na Liga Francesa, o destaque é Marcelo Hargreaves da Costa, o Marcelão como é conhecido. O atleta é bicampeão do Paris Volley e, como capitão da equipe, foi responsável por erguer a taça nesta temporada, sensação que faz o jogador sonhar com voos mais altos.

“Não há sensação melhor do que a de dever cumprido. Essa é a sensação nos dias que sucedem à conquista. A confirmação de um título, neste caso me faz pensar em algo a mais, em subir um degrau, de continuar me colocando em teste. Acredito não haver maior prova para si mesmo de que seu trabalho foi bem feito do que uma medalha no peito”, disse Marcelão em entrevista ao VirgulaEsporte.

No entanto, o atleta não tem otimismo em relação a seleção brasileira. Marcelo prefere manter os pés no chão e ser realista, pois saiu do país pela primeira vez apenas com 22 anos.

“Hoje vejo minhas chances da mesma maneira que via antes da conquista de um bicampeonato. Praticamente nulas se falar com a razão. Correndo muito por fora seria o mínimo que poderia dizer. Nesse período de renovação da seleção, acho que a minha posição é a que está mais bem servida em numero de jogadores com nível internacional e é a que experimentos mais possibilidades nos últimos anos. Antes de me dar o direito de almejar algo maior, acho que ainda tenho muitos passos a dar nos clubes. O que tenho hoje é muito mais um sonho e um desejo, que alias todo atleta deveria alimentar para progredir, do que uma realidade próxima”, afirmou o atleta.

Segundo o jogador, a adaptação e a vida na França é facilitada por contar com alguns companheiros brasileiros no clube. Além de Marcelão, o Paris Voley conta com o líbero Marcos Oliveira e o ponteiro Carlos Antony.

Questionado sobre a crise do vôlei com o fim de alguns clubes como o Unisul/Joinville, Brasil Telecom/Brusque e Cia. Do Terno/Mackenzie, o brasileiro não vê culpa na política de transmissão da Globo, responsável pela Superliga. Para o atleta, a reclamação das agremiações que fecharam perdem o sentido, pois a postura adotada pelo canal carioca é seguindo sua linha editorial.

“Acho que o modelo de transmissão das partidas adotado preserva a qualidade editorial da transmissão da mensagem. Um comentarista que em determinado momento, exercendo seu trabalho, se visse obrigado a dizer coisas como ‘a Unisul está muito melhor do que a Ulbra’ estaria sobre o limite do que é ético e o que não é. Acho que a exposição visual já traz retorno satisfatório, além da associação da marca ao esporte e seus princípios”, completou o bicampeão francês.


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No caminho do futebol, vôlei exporta jogadores cada vez mais novos

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