Ritchie está de volta. Após seis anos sem lançar material inédito – o último CD dele, Autofidelidade, é de 2003 -, o cantor inglês/brasileiro coloca nas lojas o álbum Ritchie Outra Vez – Ao Vivo em Estúdio, no qual faz novas versões de seus principais sucessos. E hits são o que não falam em sua carreira: Transas, Vôo de Coração, A Vida Tem Dessas Coisas, Casanova e, claro, Menina Veneno estão no repertório.

Em seu novo trabalho, Ritchie também faz covers de Fala, dos Secos e Molhados; Shy Moon, dueto dele com Caetano Veloso registrado no disco Velô, de 1986; e Mercy Street, de Peter Gabriel, que havia sido regravada por ele para a minissérie global O Sorriso do Lagarto. Há ainda espaço para duas inéditas: Outra Vez, escrita por ele com Arnaldo Antunes, e Cidade Tatuada, parceria com Fausto Nilo.

Lançado em CD, DVD e Blu-Ray, o material foi captado em Full HD 1080p, com direção de Paulo Henrique Fontenelle. Nos extras, há um making of e um documentário (A Vida Tem Dessas Coisas) que conta sua trajetória pessoal e profissional. Tantos atrativos têm razão de ser: no ano passado, o cantor e compositor celebrou 25 anos de carreira-solo.

Ao Virgula Música, Ritchie falou do novo trabalho e do atual momento de sua carreira. Rato de internet, ele também afirmou que utiliza várias formas de divulgar seu trabalho na rede mundial de computadores. “É importante que o artista faça essa conexão direta. Uso e abuso do Twitter, YouTube, e-mail, MySpace e principalmente, o portal Reverbnation para divulgar minhas músicas”, explicou.
 
Por que você decidiu gravar seus maiores sucessos em versão ao vivo no estúdio, formato não muito tradicional na indústria fonográfica brasileira, em vez de adotar um formato acústico ou ao vivo mesmo, mais usado pelos artistas nacionais?
Nunca gravei um disco ao vivo antes desse. Também é meu primeiro DVD. Por isso, resolvi regravar meus maiores sucessos, como todo mundo faz. Apenas evitei fazer o trabalho no formato acústico/show ao vivo com plateia justamente para fugir da norma, do clichê. É raro o público ver o artista gravando no ambiente mais íntimo do estúdio. Quis mostrar o melhor dos dois mundos: uma gravação elétrica, ao vivo, feita na intimidade do estúdio, com acesso à tecnologia de ponta.

Você colocou no CD duas faixas inéditas, Outra Vez e Cidade Tatuada. Por que as lançou? Como foi as parcerias com Arnaldo Antunes e Fausto Nilo?
Essa músicas foram selecionadas porque, entre minhas novas composições, se adaptaram melhor à formação da minha banda atual. Não queria lançar um disco só de músicas conhecidas. Era importante mostrar que houve uma evolução artística e sonora ao longo desses anos.
 
Foi difícil fazer a seleção das músicas, já que tem tantos sucessos? Você sentiu vontade de deixar Menina Veneno de fora?
Não foi muito difícil fazer a seleção. Escolhi as músicas do meu repertório que eu mais gosto de cantar nos shows e que meu público mais curte ouvir. Por isso, Menina Veneno não poderia ficar de fora.
 
Por que a decisão de regravar Mercy Street, de Peter Gabriel?
Sempre fez sucesso nos meus shows e foi uma oportunidade de incluir no repertório uma música cantada em minha língua nativa.
 
Você não fez mudanças radicais nos arranjos em relação às músicas originais. Por que essa decisão?
Os arranjos originais são baseadas quase 100% em teclados e synths. A banda atual tem dois guitarristas e os teclados assumiram uma importância menor dentro dos arranjos, pelo menos na maioria das músicas gravadas. Eu quis também trazer para o catálogo do meu selo, PopSongs, novos fonogramas das gravações que até então eram propriedade exclusiva da CBS (atual Sony Music)  e Polygram (atual Universal).

Você tem uma relação muito próxima com a internet. Acha que essa pode ser a saída para o músico que não faz parte do elenco de grandes gravadoras, mas ainda têm um público fiel? De que maneira você trabalha a divulgação de seu trabalho na rede?
A internet providencia uma interação maior com os fãs. É importante que o artista faça essa conexão direta. Uso e abuso do Twitter, You Tube, e-mail, MySpace e principalmente, o portal Reverbnation para divulgar minhas músicas. Forneço widgets que permitem ao fã colocar um player, com minhas músicas ou clipes, no seu blog ou website. Quase todas as músicas do novo dvd foram disponibilizadas na internet, em formato streaming, quase um mês antes do lançamento oficial do DVD.
 
Um futuro disco de inéditas está nos seus planos? Quais são os projetos mais próximos? Pretende cair na estrada?
Tenho material pronto para um disco acústico de inéditas. Devo gravá-lo no primeiro semestre de 2010. Dessa vez, vai ser um disco de estúdio. O bom de ter meu próprio selo e gravadora é que posso agora fazer o que eu bem entender, quando quiser.

Ritchie na Web

www.ritchie.com.br
www.twitter.com/ritchieguy
www.reverbnation.com/ritchie
www.myspace.com/ritchieoficial


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Neon: Ritchie volta à cena pop com o lançamento de CD e DVD

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