Modalidade ainda pouco difundida no país, o wakeboard cresce e conquista seu espaço. Para ajudar a impulsionar ainda mais seu desenvolvimento, a nação será responsável pela segunda etapa do Wakeboard World Series (WWS), que será realizada a partir desta sexta-feira (15) até domingo (17), em Nova Lima, Minas Gerais. Esta é a terceira vez que o Brasil é sede de uma etapa do Mundial. As outras duas foram em 2002 e 2004, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro.

Número 1 no ranking brasileiro, Marcelo Giardi, o Marreco, será a principal esperança do país na competição. Isto é, se a lesão no ombro, sofrida durante treinos na semana passada, permitir que ele participe do evento e não prejudique seu desempenho. Para evitar dores e alcançar bons resultados, o atleta fará fisioterapia até o primeiro dia da competição.

“Estava treinando bem até essa luxação no ombro que talvez me leve até uma operação”, lamentou o atleta. “Mas acho que tudo pode acontecer. Disputando machucado sei que estarei prejudicado fisicamente. Mas sem tanta responsabilidade, talvez consiga um resultado melhor”, avaliou Marreco em entrevista ao VirgulaEsporte.

O atleta também considera importante conseguir bons resultados para inspirar novos talentos. Medalha de ouro no Pan-Americano do Rio de Janeiro, em 2007, Marreco acredita que eventos como o Mundial são fundamentais para a expansão da modalidade.

“É muito importante porque é uma vitrine para as novas gerações. Tenho contato com os gringos competindo no exterior, mas é diferente para os que estão começando agora. Vendo o pessoal do exterior dando show aqui é como se estivessem vendo um filme ao lado dos atores, como parte do elenco”, afirmou o atleta.

Apoio

Apesar dos bons resultados conquistados por Marreco, o esporte ainda sofre – como todo esporte amador no país – para conseguir apoio financeiro. Marreco, porém, é um privilegiado. Tem apoio da marca Oakley há 15 anos. Mesmo assim garante que faltam investimentos na modalidade, principalmente um trabalho de base que surjam novos competidores.

“Não tenho do que reclamar, mas sei que é muito difícil para a maioria. No Brasil, são exceções quem consegue viver do wakeboard, porque não conseguem patrocínio. Mas acho que competições como essas ajudam a melhorar a situação do esporte hoje no país”, completou o wakeboarder.

O principal motivo para Marreco acreditar nisso foi Pan-Americano do Rio de Janeiro. Segundo ele, a competição foi um divisor de águas e ajudou no surgimento de vários torneios regionais.

Veja aqui uma galeria com os principais competidores da segunda etapa do Wakeboard World Series do próximo fim de semana.


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Mundial de wakeboard em Minas agita o esporte no Brasil pela terceira vez

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