Os tremores de terra continuam com menor intensidade na
região central italiana de Abruzzo, onde continuam os trabalhos em busca de sobreviventes ou para retirar novos
cadáveres do terremoto. Até agora 293 vítimas fatais foram registradas.

Um dia depois do funeral de
Estado realizado em L’Aquila, o prefeito
pediu hoje às pessoas que, nas comemorações da Páscoa, não vão à cidade. “Não
venham a L’Aquila, aqui, continua-se trabalhando. Deixem as ruas
livres”, disse Gabrielli.

Em meio aos
tremores, os bombeiros resgataram neste sábado os cadáveres de uma
idosa, de uma mulher de cerca de 50 anos e de um jovem de 17 anos em
meio aos escombros de uma casa do centro de L’Aquila. As
vítimas moravam em um imóvel em frente à Casa do Estudante, residência
estudantil que desabou, matando vários estudantes, e que se transformou
em um dos símbolos do terremoto.

Com
o passar das horas, as esperanças de encontrar pessoas com vida sob os
escombros vão diminuindo, levando em conta, entre outros, o frio que
faz à noite em L’Aquila.

O
papa Bento XVI, informou o Vaticano, mandou ao arcebispo de L’Aquila,
Giuseppe Molinari, uma quantia não informada de dinheiro para ajudar os
desabrigados, assim como 500 ovos de Páscoa, material litúrgico e
cálices para as missas.

Construções mal executadas

O procurador de L’Aquila, Alfredo Rossini,
pediu hoje que os agentes da Carabinieri realizem, junto com técnicos,
os primeiros estudos para verificar se os materiais usados nas contruções eram corretos.

O
engenheiro Paolo Clemente, da Defesa Civil, disse à imprensa local que
o cimento utilizado em alguns edifícios não era de qualidade, e
denunciou que alguns “maus” construtores utilizam areia de praia, que
custa muito menos que a areia de construção.


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Mortos em terremoto são 293 e há suspeita de prédios mal construídos nos desabamentos