Os gastos do Brasil com medidas fiscais tomadas para contornar a crise econômica internacional chegam a 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) brasileiro, se forem somados os pacotes adotados desde o aprofundamento da situação, no segundo semestre do ano passado. A informação foi dada nesta segunda-feira (24) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, em seminário no Rio de Janeiro.

Segundo o ministro, os gastos brasileiros com pacotes anticrise foram um dos menores entre as principais economias do mundo. De acordo com dados apresentados por Mantega, a China gastou algo em torno de 13% de seu PIB.

Mantega afirmou ainda que a meta de superávit primário em 2010 será maior do que a meta deste ano, que foi reduzida de 3,8% para 2,5%, por causa da crise econômica internacional. “Em 2010, voltamos à meta que tínhamos antes. Portanto, [estamos] fazendo uma política fiscal responsável em ano eleitoral. É bom que se diga: em ano eleitoral, manteremos essa postura fiscal de modo a continuar melhorando as contas públicas”, afirmou o ministro.

Ele reafirmou também que o PIB brasileiro do segundo trimestre deste ano deverá apresentar crescimento de 1,6% em relação ao mesmo período do ano passado, mostrando recuperação da economia. Em termos anualizados (somando-se os últimos quatro trimestres), o aumento será de 6,47%.

O déficit fiscal do Brasil neste ano, ainda segundo Mantega, será o menor de todos os países do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo). “Acredito que fecharemos o ano com algo como 2,2% ou 2,3% de déficit nominal aqui no Brasil”, disse.


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Mantega diz que gastos do Brasil com a crise chegaram a 0,8% do PIB nacional

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