A justiça argentina confirmou hoje que processa 25 membros de uma suposta quadrilha dedicada à falsificação de passaportes italianos para jogadores do país, que os usariam para não ocupar vagas de estrangeiros em equipes da Europa.

A medida foi adotada pela Câmara Federal de Buenos Aires, que acusa a tabeliã María Elena Tedaldi – condenada na Itália pelo passaporte falso concedido em 2000 ao meia Verón – como líder da organização.

O tribunal apura também “se houve conivência por parte de funcionários consulares (italianos), a respeito de algumas manobras executadas pelos fraudadores”.

A denúncia que gerou a abertura da causa foi apresentada pelo cônsul italiano na Argentina, Giancarlo Curcio, que considera “suspeita” a tentativa do goleiro Juan Pablo Carrizo de obter a dupla cidadania.

“No ano passado ele apresentou uma documentação que não foi aceita na Itália, mas agora está jogando lá como argentino. Isto deve significar algo, não?”, questionou.

Entre os trâmites supostamente irregulares assinalados no decisão judicial, figuram, entre outros, os dos jogadores Juan Forlín, atualmente no Espanyol, Diego Placente (Bordeaux), Gonzalo Bergessio (Saint-Etienne), Juan Pablo Carrizo (Zaragoza) e Sebastián Battaglia (Boca Juniors).

Segundo o tribunal, em um dos casos foi verificado que “os certificados de cidadania italiana e as assinaturas contidas nele tinham sido adulterados, utilizando-se selos apreendidos em poder de Tedaldi”.

No caso do jogador Placente, cujo pedido de nacionalidade foi feito em Paludi (sul da Itália), os juízes ressaltam que os dois ofícios que chegaram às autoridades do município tinham “o selo e as assinaturas correspondentes do consulado da Itália na cidade de La Plata, na província de Buenos Aires”.

“No entanto, o consulado negou ter emitido tanto a documentação como as informações nela contida”, diz o parecer da Justiça argentina.


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Justiça argentina processa falsificadores de passaportes de jogadores

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