Os médicos Antônio Macedo e Sérgio Simon, responsáveis pela cirurgia de Hebe Camargo, afirmaram que a apresentadora será submetida a sessões de quimioterapia, a partir desta quarta-feira (13), para tratamento de um carcinoma primário de peritônio. Após a primeira sessão, ela deve ir para casa até o fim de semana.
De acordo com eles, o câncer localizado no abdômen de Hebe através de uma laparoscopia realizada no último sábado (09) é relativamente raro, que se origina nas células do peritônio e que responde bem ao tratamento quimioterápico. A apresentadora, que está internada na Unidade de Terapia Semi-Intensiva do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, deve seguir ainda nesta terça-feira (12) para um quarto normal e será submetida a até oito sessões, com intervalos de 21 dias, além de medicamentos para evitar os efeitos colaterais.
Uma segunda cirurgia será realizada em alguns meses, para avaliar o efeito do tratamento, que deve durar até cinco meses, e elimina todos os nódulos em 60% dos casos. Do contrário, segue-se um tratamento apenas de acompanhamento. Segundo os médicos, a incidência dessa doença para cada 100 mil mulheres é inferior a cinco casos; é uma doença muito parecida com o câncer de ovário, sendo típica apenas em mulheres.
Segundo o oncologista Sérgio Simon, ela não corre risco de morrer. Ele revelou que Hebe ficou um pouco abatida ao saber da doença, mas é uma mulher de espírito forte e está bem, conversando animadamente com os familiares e amigos. A equipe médica acredita que a apresentadora de 80 anos está pronta para o tratamento, com condições de ter uma vida praticamente normal, inclusive gravando o programa no SBT.
Simon também fez questão de ressaltar que o tumor de Hebe Camargo não tem nenhuma semelhança com o caso do vice-presidente José Alencar. São tipos de tumor totalmente diferentes, células diferentes, prognósticos diferentes e tratamentos diferentes, ressaltou.
Ainda de acordo com ele, os nódulos malignos foram encontrados por toda a extensão de cerca de 2 metros da cavidade do peritônio, que protege os órgãos do abdômen, mas que estão restritos apenas a essa membrana e não foram todos retirados. Os órgãos e as vísceras estão normais, porém não foram totalmente retirados. Não há perspectiva de remover tudo e não há condição. Por isso o tratamento quimioterápico. A gente espera que a Hebe termine o tratamento sem evidência de tumor, afirmou.
O médico Antônio Macedo explicou que a apresentadora do SBT foi submetida a uma endoscopia de estômago e a uma colonoscopia, mas que apenas a tomografia computadorizada detectou os nódulos. A partir de então, foi decidido pela realização da laparoscopia para retirada destes tumores, que passariam por análise, com o acompanhamento de oncologistas.
