Os representantes do presidente deposto, Manuel Zelaya, deram por encerradas nesta sexta-feira (23) as conversas com o representante do governo golpista em Honduras.

Uma das negociadoras de Zelaya, Mayra Mejía, disse que não é mais possível estender prazos para que ambos os lados cheguem a uma decisão sobre a volta de Zelaya à presidência. “Não podemos transformar essa negociação num jogo. Os hondurenhos aguardam ansiosamente por decisões concretas e só vemos dilatação de prazo. O tempo dos representantes de Michelleti não é o mesmo nosso”, disse Mejía.

Como os dois lados não chegaram a um consenso, prossegue o impasse político.

Agora há pouco, a representante do governo golpista, Vilma Morales, propôs a criação de um governo de transição para Honduras. “Roberto Micheletti aceita deixar a presidência se Manuel Zelaya desistir de suas pretensões, dando passo assim a um governo de transição e de reconciliação nacional, se essa é a condição para se chegar a uma solução”, defendeu Morales.

Enquanto as conversas políticas não avançam, o Tribunal Superior Eleitoral hondurenho dá andamento no preparo para as eleições de 29 de novembro. Quase 5 milhões de cédulas eleitorais já foram impressas.


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Governo interino propõe que Micheletti e Zelaya renunciem