Nesta quinta-feira (4), dia do 20º aniversário do massacre da Praça da Paz Celestial, uma grande mobilização de policiais à paisana impediu fotógrafos e cinegrafistas de registrar a manifestação de ONGs que tentavam denunciar os esforços do governo chinês em apagar a lembrança do incidente.

Policiais não uniformizados, “armados” com guarda-chuvas, ficaram na frente de cada fotógrafo ou câmera que tentava tirar fotos ou obter vídeos da célebre praça. Não era possível sequer obter imagens do popular retrato de Mao Tsé-tung, que milhares de turistas imortalizam todos os dias.

A praça, fechada ontem aos visitantes, era acessível hoje para o público, mas era necessário passar por controles e análise de qualquer garrafa de bebida. Além disso, os estrangeiros tinham que mostrar o passaporte antes de chegar à praça.

Massacre

Calcula-se que entre 400 e 2 mil estudantes e outros manifestantes que os apoiavam morreram na noite de 3 para 4 de junho de 1989, quando o Exército de Libertação Popular, por ordem do Governo chinês, saiu às ruas de Pequim para acabar com sete semanas de protestos.

O massacre, ordenado pelas facções mais conservadoras do Partido Comunista da China, foi o dramático final da Primavera de Pequim, movimento que lutava pela democracia e contra a corrupção governamental reinante que teve apoio de milhões de pessoas em toda a China.


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Governo chinês blinda Praça da Paz Celestial no 20º aniversário do massacre

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