O No Use For a Name é uma daquelas bandas de hardcore pra
lá de veteranas. Seu nome é sempre mencionado quando se fala dos bons
filhos do punk que apareceram nos EUA no início dos anos 1990.

Influenciada pela geração anterior, o “american hardcore”, e criada à base de muito Bad Religion, Dead Kennedys, Anti-Cimex e Bad Brains,
a banda formada em San José, Califórnia, também serviu de referência
para a primeira explosão do chamado pop punk, encabeçado pelo Green Day, Offspring e Blink 182.

Conversamos com exclusividade com o frontman e fundador Tony Sly
para saber quais são suas expectativas para essa segunda passagem do No
Use For a Name pelo Brasil para divulgar o mais recente álbum, The Feel Good Record of The Year.

Virgula – Você curtiu sua última passagem pelo Brasil? Está esperando uma platéia maior desta vez?

Tony Sly
– Sim, com certeza eu gostei de todos os shows que nós fizemos da
última vez que passamos por aqui. Estou torcendo para que tenhamos
platéias ainda maiores nessa turnê.

Virgula – O que você mais gostou na turnê pela América do Sul no início do ano passado?

Tony Sly
– Gostei muito dos fãs e do choque cultural que eu senti quando cheguei
aqui. Todas as vezes que eu chego em um novo país eu fico muito
empolgado. As pessoas, as vistas, a comida, a bebida… Mas o que eu
gostei mais mesmo foi da resposta dos fãs e da galera que foi aos
shows. Foi demais!

Virgula – As letras da banda têm ficado
cada vez mais políticas nos últimos discos. Existe alguma razão
especial para isso ou foi algo que veio naturalmente?

Tony Sly
– Eu acredito que tenha vindo naturalmente. Mas também acho que as
letras são reflexos do clima político que nós vivemos. Quero dizer, tem
tantas coisas para se escrever a respeito da administração Bush, o
colapso econômico, Iraque e Afeganistão e a esperança de encontrar um
novo líder em Barack Obama. Essas coisas são um prato cheio para se
escrever músicas.

Virgula – Muita coisa mudou na cena hardcore desde o lançamento do álbum Incognito, no início dos anos 1990. Você sente saudade da época em que ainda era um novato na música?

Tony Sly – Com certeza sim, eu sinto muita falta dessa época. É sobre isso que nossa música Sleep Between Trucks
fala. Era ótimo cair na estrada pela primeira vez, sem saber se você
realmente ía conseguir fazer alguma coisa ou se alguém se importava de
fato conosco.

Virgula – Vocês tem alguma banda ou artista brasileiro favorito?

Tony Sly
– Bastante gente me pergunta isso. Nos EUA é muito difícil conseguir
ouvir qualquer banda brasileira, a não ser os artistas que são muito
famosos fora do país. Da última vez que estivemos aqui, eu ouvi ótimas
bandas que tocaram conosco. Eles mandaram muito bem.

Virgula – Alguma surpresa preparada para os shows dessa turnê?

Tony Sly
– Se eu te contasse não seria surpresa, né? Mas nós sempre tentamos
mudar as músicas em cada turnê, e tocar o mesmo número de músicas mais
antigas e músicas mais novas. Vamos tocar faixas de todos os nossos
álbuns, isso eu posso te dizer.

Virgula – Os fãs do No Use estão muito animados com seu retorno em 2009. Você pode deixar uma mensagem para eles?

Tony Sly
– Eu sinto que os fãs brasileiros são tão apaixonados pela música
quanto nós e isso sempre quer dizer que será um grande show. Nós
estamos prontos pra voltar e quebrar tudo que estiver pela frente.

SERVIÇO
No Use For A Name em São Paulo

Xlive Music Festival (Sugar Kane + Cueio Limão + 35ML + Fistt + Fictícios + Triz + Galo Darve + Ponto Zero + Mr. Clown + Feijão com Arroz + Joystick)

Quando: 12/04/2009
Onde: Hangar 110 – Rua Rodolfo Miranda, 110 – Bom Retiro
Ingressos: R$30,00 (estudante) e R$60,00 (1º lote)
Classificação: 14 anos
Horário:11h30

Pontos
de venda: Loja 255 (Galeira do Rock), Zeitgeist (Galeria do Rock),
Sick’N’Silly (Rua Augusta, 2690), Metal CDs (Santo André) e pelo site www.ticketbrasil.com.br


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Exclusivo: Líder do No Use For A Name fala com o Virgula sobre turnê

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