Felipe Dylon não é mais o mesmo. O cantor, de 22 anos, ficou conhecido no Brasil por seus hits grudentos, como Deixa Disso e Musa do Verão, e enlouquecia as fãs com seu visual que reunia pose de bom moço e visual de homem da praia.

Após o lançamento de seu terceiro álbum, Em Outra Direção, de 2006, o cantor passou um tempo afastado da mídia, em um período que segundo ele serviu para repensar sua vida e entrar em contato consigo mesmo. Este ano, entretanto, o cantor voltou aos holofotes assustando os fãs – repentinamente, adotou o visual rastafári e virou hit do youtube com um inusitado cover de The Evil That Men Do, do Iron Maiden.

“Não houve nenhuma mudança repentina. Não mudei meu estilo de vida, eu sempre fui assim, sempre tive essa filosofia rasta, de entrar em contato com o planeta Terra, saca? É isso que eu sempre quis, esse papo mais pacífico, de curtir a vida, pegar onda e compor minhas músicas em paz”, contou o cantor em entrevista ao Virgula.

Segundo ele, esse tempo em que permaneceu longe da mídia e em contato com a filosofia rastafári beneficiou suas composições. “Compus muita coisa maneira, porque eu escrevo muito, sem parar. É uma delícia pode sair de manhã para pegar onda, depois voltar e compor, ter aula de violão… é todo um ritmo diferente”, afirma.

E é nesse clima maluco beleza que Felipe Dylon está preparando o lançamento de seu quarto álbum de estúdio, ainda sem título. O novo trabalho do cantor, que está sendo finalizado no Estúdio Yahoo, sob a produção musical de Zé Henrique, ainda é uma incógnita. “Não posso falar muito sobre isso, mas o álbum vai ficar bem maneiro, com várias músicas encomendadas para compositores de peso, e já estou começando a pensar em todo um esquema de turnê. Mas ainda não tenho músicas prontas”, comentou o cantor, que negou que o novo trabalho será influenciado diretamente pelo reggae.

“Não é exatamente uma influência e tal, é só um estilo que eu admiro e gosto demais, assim como o rap – sou fã do trabalho do Ja Rule, por exemplo, acho irado. Além disso, nem tem como esses estilos influenciarem minhas músicas, porque são outros compositores que fazem e tal”, comentou Dylon, que se disse surpreso com a repercussão que seu vídeo tocando Iron Maiden teve na internet.

“Poxa, bixo, foi uma coisa incrível. Aquilo era uma brincadeira e tal, eu estava fazendo minha aula de guitarra e violão quando resolvi fazer essa música e um amigão meu achou que era legal gravar. Fico feliz que tenha tido uma resposta positiva das pessoas”, afirmou.

Para Felipe Dylon, o estilo de vida rastafári trouxe tranqüilidade para seu cotidiano. “Eu tenho o meu caminho, sabe, estou em paz. Hoje já sou muita coisa, e pretendo ser muito, muito mais. Fico chateado com essas coisas erradas do mundo, filhos brigando com os pais, guerras, drogas, porque acho que todo mundo tem que encontrar a paz, entende? O mundo hoje é muito louco, mas eu estou em paz”, completou.

As fãs do cantor que aprovaram o visual rasta podem comemorar: embora tenha retirado os apliques para as fotos de divulgação de seu novo álbum e novo site, o cantor já está de volta com o visual Bob Marley. E, segundo ele, solteiríssimo – “por enquanto, estou aproveitando para curtir a vida mesmo, surfar todos os dias e fazer música. É o que eu amo”.


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Entrevista: Felipe Dylon fala sobre novo álbum e visual rastafári