A Associação de Empresários da Argentina (AEA), uma das maiores do país, pediu à presidente Cristina Fernández de Kirchner o fim do controle dos preços, mais empenho no combate à inflação e regras de jogo claras na economia.

As reivindicações foram incluídas num documento publicado neste domingo (19) pela imprensa argentina.

Outra cobrança dos empresários é que o Governo defenda “os investimentos argentinos” no exterior, uma referência às filiais do grupo Techint nacionalizadas pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez.

No documento “Mobilizar as Energias do Setor Privado”, os empresários criticaram “a manipulação discricionária dos preços”, em alusão à política comercial e aos dados oficiais sobre a inflação.

Além disso, pediram a diminuição dos impostos sobre a exportação de grãos, um dos motivos do conflito de aproximadamente um ano entre o Governo e os produtores agropecuários.

Para que a sociedade argentina volte a viver uma fase de “desenvolvimento social e econômico, será fundamental o diálogo e a formação de consensos”, acrescenta a carta.

Nesse sentido, o documento promove “um exercício permanente e intenso do diálogo”, que inclua o debate de medidas que tenham como prioridade “a drástica redução da pobreza” dentro de “um marco institucional e legal sólido e previsível”.

“É fundamental preservar o sistema de liberdade de preços num marco competitivo”, escreveram os empresários, em rejeição aos controles aplicados pela Secretaria de Comércio.

Esse órgão é dirigido por Guillermo Moreno, o funcionário mais questionado pelos empresários e pelos partidos da oposição.


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Empresários argentinos pedem mudança e regras claras na economia

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