Com 79 anos de idade, o futebol de botão, ou de mesa como também é conhecido, segue fazendo sucesso no Brasil. Criado por Geraldo Cardoso Décourt em 1930, a modalidade só foi reconhecida oficialmente em 1988 como uma vertente dos esportes de salão que inclui o xadrez e o bilhar.
 
Para regulamentar a modalidade no país, foi criada a Confederação Brasileira de Futebol de Mesa (CBFM), que é responsável pelas três categorias existentes, a 1 Toque Brasileira, a Bola 12 Toques, a Bola 3 Toques. Todas possuem Campeonato Brasileiro organizado pela entidade e divididos em adulto, master, sub-20 e sub-15. Mas os praticantes não acreditam em profissionalismo.

“O sentimento de jogar botão é algo indescritível, é como voltar no tempo, porque fiquei muito tempo sem jogar e voltei em 2007 contra o mesmo rival de quando era criança. No entanto, não vejo nada de profissional nisso, porque as pessoas não recebem salário para jogar, acho que o futebol de mesa é para se divertir”, disse Marcelo Minuzzi, que trabalha em farmácia e é dono da comunidade “Futebol de Mesa Toque-Toque” no Orkut.

Sem uma contagem exata por parte da entidade em relação aos praticantes, a modalidade é bastante difundida no país. Na principal comunidade do esporte no Orkut, o número de integrantes supera a barreira dos nove mil.

Na comunidade, os fãs do futebol de botão trocam imagens de suas coleções que são vastas. Passam por Inter de Milão, São Paulo, Flamengo, ASA de Arapiraca, Lyon, além das seleções nacionais.

Apesar de ter um órgão responsável por regulamentar a modalidade, o futebol de botão possui três regras distintas oficiais. No entanto pelo país, em cada região, o regulamento a ser seguido fica definido com um acordo entre os praticantes daquela partida e do local.

A regulamentação do jogo muda principalmente no tamanho do campo e dos botões. Além disso, a duração das partidas e a quantidade de toques de cada “atleta” também diferem de regra para regra.

Mesmo com um movimento tímido, já existem fãs de futebol de botão que reivindicam o seu espaço entre as principais modalidades do esporte. Os mais fanáticos sonham até com a presença de botonistas nos Jogos Olímpicos.

“Acredito e faço figa. Posso dizer que estamos a caminho, o presidente Jorge Farah com o pessoal da Hungria estão trabalhando a toda vapor para viabilizar a participação da modalidade. E, como é praticado em vários países, acho que cumprira as exigências do COI (Comitê Olímpico Internacional). Além disso, é um esporte de salão, de fácil composição de lugar e de baixo custo de programação”, explicou Antônio Carlos Ribeiro, administrador de empresas e fã de futebol de botão desde pequeno.


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Difundido por todo país, futebol de botão coleciona fãs no Brasil