Todos tínhamos uma grande preocupação antes do início da Copa. Preocupação que começou na convocação.
 
Sem boas opções para o ataque e, principalmente, na armação do time, assistimos a uma equipe tímida, sem poder de criação, além de não conseguir prender a bola no campo do adversário.
 
Com todos esses problemas, acaba sobrando para a defesa. Será que Dunga não percebeu que o seu zagueiro – Lucio – se mandava a todo o momento ao ataque para tentar alguma coisa? Em todas as tentativas, a seleção portuguesa, quando roubava a bola, criava bons ataques.
 
Pior do que a falta de um armador, foi o isolamento dos atacantes.
 
A ausência de Robinho me leva a acreditar que Dunga não se importa muito com o que vem pela frente. Nilmar é muito bom jogador: soltou-se depois de um início apagado, mas faltaram jogadas individuais.
 
Fiquei com a impressão de que Dunga não está preocupado com a “licença para driblar”. Sem dribles, faltará improviso. Daniel Alves e Júlio Baptista podem fazer a função de homens de marcação. Jamais de armação.
 
Os gestos de Dunga à beira do gramado mandavam o time explorar as alas. O técnico não teve capacidade para perceber que Fábio Coentrão, Cristiano Ronaldo e Danny caíam nas costas dos nossos laterais, principalmente Maicon.
 
O treinador parecia descontrolado e quase teve uma síncope durante a partida. Distribui bronca a todos jogadores e quase foi para cima de Juan que acabara de errar um passe.
 
Tão incontrolável quanto Dunga estava Felipe Melo que protagonizou lances de vale-tudo com outro brucutu, o volante Duda.
 
A previsibilidade da seleção brasileira preocupa. Sem Kaká e Robinho, é um time muito comum.
 
Todos, principalmente a Fifa e os portugueses, esperavam um jogo digno de final de Copa do Mundo. Faltou bola em Durban.
 
Ah, Cristiano Ronaldo teve atuação razoável e foi ansioso em muitos lances. Precipitou-se. Lucio se sobressaiu sobre o português.
 
A manchete do jornal espanhol AS retrata o pensamento sobre esse Brasil que vimos: “Não nos assustam”.
 
(Colaboração: Raphael Prates)


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Decepcionante Brasil escancara fragilidade ofensiva