O terceiro álbum de Akon, Freedom, chega ao mercado sem precisar de credenciais para se afirmar como o mais importante da carreira do cantor e compositor senegalês.

Embora tenha começado sua carreira musical como um compositor ligado ao hip hop e marcado por seu envolvimento no mundo do crime, em 2009 Akon chega mostrando à indústria musical que agora sua carreira tomou novos rumos, que parecem definitivos. De cantor hip hop, Akon se voltou para o pop; e de homem descamisado e imponente, se transformou em um homem de negócios, como prenuncia a capa do álbum, que traz o astro com um terno impecável e óculos escuros.

O álbum tem produção competente e faixas homogêneas e consistentes com a proposta mais pop do trabalho, que prenuncia o romantismo de Beautiful (boa parceria com a cantora brasileira Negra Li) e o refrão grudento de Right Now (Na Na Na).

Em Freedom, Akon se dissocia totalmente da sonoridade mais africana e tribal apresentada em seu álbum de estréia, Trouble, e entra de cabeça em um som pop e romântico. Essa nova orientação da musicalidade de Akon pode parecer estranha quando comparada com o início de sua carreira, porém faz sentido considerando que a intenção do astro é criar uma imagem inserida no contexto da música pop atual.

O terceiro álbum de estúdio de Akon acaba sendo um álbum competente, mas que não a originalidade que se esperaria do cantor e compositor. Quando comparado a outros lançamentos – como o rap intenso e étnico do rapper Mos Def em Ecstatic e os hits certeiros de The E.N.D, do Black Eyed Peas, banda que fez a transição do hip hop para o pop atual de maneira competente –, Freedom fica para trás ao não trazer muitas inovações para a cena musical de 2009.


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Crítica: Freedom, terceiro álbum de Akon, é o trabalho mais pop do cantor