Dezenas de milhares de pessoas foram neste sábado ao centro do Rio de Janeiro para curtir o segundo dia do Carnaval carioca com o Cordão da Bola Preta, o bloco mais tradicional da cidade, com 91 anos.

Os músicos começaram a tocar logo cedo e percorreram a Avenida Rio Branco, uma das mais principais da cidade, até chegar à Igreja da Candelaria, seguidos por uma multidão que, segundo os organizadores, passou de 1 milhão de pessoas.

O trio elétrico do bloco no meio da multidão levava também sua madrinha, a cantora Maria Rita, e a rainha e princesas da festa, que estavam vestidas de preto e branco, as cores do bloco.

Pelas ruas, uma multidão de cariocas e turistas fantasiados seguia os trios elétricos com músicos e se agrupava em pequenos blocos improvisados em ruas adjacentes à Avenida.

Grande parte dos foliões vestia preto e branco em homenagem ao bloco, fundado em 1918 e considerado o mais antigo do Rio.

Mulheres com asas, com diademas, vestidas de Minnie Mouse, com plumas de todas as cores e rapazes com perucas, vestidos de mulher, com os complementos mais extravagantes lotavam a Rio Branco, transformada hoje em um espetáculo multicolorido.

Um casal de Homens-Aranha, que no ano passado já apareceram escalando as paredes do Museu de Belas Artes, foram este ano aos postes de luz da Biblioteca Municipal encorajados pela multidão.

O sósia brasileiro do presidente americano Barack Obama, que este ano já tinha aparecido em vários atos pré-Carnaval, apareceu sobre um dos trios elétricos, sem camisa, para acenar às pessoas.

Foliões com fantasias de piratas, prisioneiros e com chapéus de todos os tipos e tamanhos, até duas bananas e um morango estavam na aglomeração, que tentava se deslocar ao longo da avenida sem muito sucesso.

Durante o desfile não foram registrados incidentes. A organização do bloco previa a presença de 1,5 milhão de pessoas e as aglomerações eram inevitáveis em alguns trechos do percurso.

A Prefeitura do Rio de Janeiro instalou 400 banheiros químicos ao longo de todo o trajeto do desfile, o que não impediu que vários foliões fizessem xixi na rua e até criassem uma máfia que cobrava o uso deles.

A campanha da Prefeitura carioca de não se urinar em locais públicos não ficou isenta de polêmica já que é patrocinada por uma conhecida marca de cerveja que os vendedores ambulantes vendem pela rua.

O Cordão da Bola Preta está entre as centenas de blocos que diariamente se apresentam nos bairros cariocas no Carnaval, que irá até a próxima terça-feira.


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Cordão da Bola Preta arrasta milhares de pessoas pelo centro do Rio