Quando se comenta sobre a convergência entre internet e televisão, os especialistas não cansam de apontar exemplos dos Estados Unidos. O case de maior sucesso é o portal Hulu, que traz, de maneira oficial, conteúdo dos canais Fox, ABC, NBC e dos estúdios Disney.



A página ganha audiência loucamente. Pesquisas recentes mostram que de abril de 2008 para o mesmo período deste ano, ele teve um crescimento de 490%. Atualmente é o segundo portal de vídeos mais acessado pelos americanos, só perdendo para o YouTube. Isso mostra que os americanos realmente querem assistir televisão na internet – e de forma organizada, oficial, por streaming.



Infelizmente, o Hulu não funciona em outros países. Isso acontece porque o conteúdo disponibilizado na íntegra vem da televisão aberta dos EUA. Por questões legais, como direitos de imagem e reprodução, isso limita o seu acesso. E a possível popularização do seu plano de negócios.



Durante viagem nos EUA, o repórter do Virgula pode testar o Hulu e os sites dos canais televisivos americanos. E mostra aqui como eles fazem a convergência “TV + internet” não algo do futuro, mas já do presente.



Hulu, a menina dos olhos


 


É muito fácil navegar dentro do Hulu. Os programas são divididos por categorias. Ao entrar em comédia, tem-se acesso a talk-shows, sitcoms e desenhos animados. Ao clicar no nome do programa, o site rankeia os últimos episódios desta atração. Caso ela tenha temporadas anteriores, dá para ter acesso a cada capítulo de cada ano.



No Hulu não dá para baixar os vídeos nem pular as publicidades que são exibidas antes do começo de cada filmete. O bacana do seu player é que ele tem a opção de closed caption. Outro destaque é que ele não se limita apenas a produções televisivas – seriados online, como Ctrl C + Ctrl V e Dorm Life, também fazem parte do cardápio.



Vale lembrar que o Hulu é bacana por justamente incluir os arquivos de programas já cancelados ou que ainda estão no ar. Quando um novo episódio de 24 Horas vai ao ar na Fox americana, por exemplo, ele entra no Hulu no dia seguinte, mas fica disponível apenas por uma semana. Depois é retirado do ar. Isso acontece novamente por questões legais. Esse mesmo episódio só será disponibilizado ad eternum depois de meses.



Site na NBC é incrível



Já dentre os sites das emissoras americanas, destaca-se o do canal NBC. É possível assistir dentro da página todos os programas do canal – na íntegra ou em forma de highlights, que exibem os melhores momentos de determinada atração.



O player não trabalha com conteúdo em alta definição. Traz a opção de closed caption e inclui publicidade em seu começo. De certa forma, é igual ao Hulu.



O grande barato do NBC.com é o seu material exclusivo. Os principais programas da emissora, como os talk-show The Tonight Show with Conan O’Brian e Late Night with Jimmy Fallon, têm no virtual um universo próprio. O básico começa com entrevistas com atores e apresentadores, uma ótima degustação para os fãs. O sofisticado traz games e websódios, episódios especiais para a internet, que destacam personagem secundários que pouco aparecem na TV – caso de Creed, de The Office, que tem uma atração própria, assim como Kenneth, de 30 Rock.



Resumo da ópera: quando comparados com os sites das emissoras brasileiras, a TV americana realmente dá um show. Principalmente pela questão da interatividade, de saber conversar com um espectador multimídia, que hoje não assiste a um programa apenas pelo o seu televisor.



Vale lembrar que essa convergência acontece apenas entre os canais de TV aberta dos EUA. Os de TV a cabo, como HBO e Showtime, só liberam os vídeos online para seus assinantes.


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Convergência entre TV e internet já é realidade nos EUA

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