O Brasil é um dos países latino-americanos que enfrenta os “maiores desafios” para superar as condições de precariedade urbana e de pobreza nas quais vive grande parte de sua populações, diz um relatório da Corporação Andina de Fomento (CAF) e da Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe (Cepal).

O documento, divulgado nesta sexta-feira em Lima, ressalta que habitação e infraestrutura são dois fatores básicos para o desenvolvimento econômico e para a redução da pobreza e da precariedade urbana, motivo pelo qual se faz necessária a mobilização de recursos do Estado e do setor privado.

O texto também destaca os esforços de Colômbia, Chile e México para desenvolver sua infraestrutura financeira e melhorar os sistemas de regulação bancária, ao insistir na importância de que as famílias de todas as classes socioeconômicas tenham acesso a fontes de financiamento para melhorar e comprar imóveis.

“A dificuldade de acesso ao financiamento que afeta uma grande parte da população continua sendo um problema que não foi resolvido na América Latina”, aponta o documento. Este problema de acesso ao financiamento se deve a fatores como o caráter informal e inconstante da renda das famílias mais pobres, a orientação das políticas de crédito e as regulações que privilegiam a obtenção de garantias das pessoas que pedem créditos bancários, explica o estudo.

Neste contexto, o relatório sugere a adoção de práticas bancárias para que a população mais pobre possa ter acesso aos serviços financeiros em condições igualitárias ao resto da população, traduzindo isto em taxas mais competitivas e linhas de empréstimos dirigidas a aumentar sua capacidade produtiva e seu patrimônio.


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Brasil é um dos mais afetados por pobreza urbana na América Latina, diz relatório

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