Hugo Escobar, o chefe da polícia boliviana, confirmou à agência estatal de notícias ABI que três supostos “terroristas” morreram em um enfrentamento com forças de segurança nesta quinta (16). Segundo as informações, dois húngaros e um boliviano pretendiam assassinar o presidente da Bolívia, Evo Morales.

Morales disse que a inteligência do país havia advertido sobre a chegada de um grupo de mercenários para assassiná-lo e ao vice-presidente com “bombas e armamento sofisticado” e também acusou a oposição boliviana de ser responsável pelo plano.

O vice-presidente da Bolívia García Linera disse que durante a operação foram encontrados documentos que “de maneira preliminar, falam dos preparativos de um magnicídio, de um atentado contra as vidas do presidente e do vice-presidente da República”.

Após o tiroteio travado nesta madrugada em um hotel de Santa Cruz, a operação policial continuou com a apreensão, no centro comercial da cidade, de armamento como metralhadoras e fuzis, além de explosivos preparados para futuros atentados, segundo García Linera.

Ainda segundo Linera, o Governo tem dados sobre a presença destes terroristas em recentes atos públicos de Morales e sobre o acompanhamento que teriam feito às viagens de comitivas do presidente, dele próprio e de alguns ministros.

O vice-presidente disse que, pela quantidade e modelo das armas encontradas, a Polícia deduz que pode haver outras “células” terroristas na Bolívia. Para ele, uma suposta “ideologia de extrema direita fascista” se encontra no país.

GREVE DE FOME

Nesta semana, após encarar uma greve de fome de cinco dias, o presidente da Bolívia conseguiu aprovar uma nova lei eleitoral, que permita a realização de eleições gerais no fim do ano.

Os principais pontos de divergência entre governo e oposição eram o recadastramento de mais de 4 milhões de eleitores, as limitações ao voto de bolivianos residentes no exterior e a redução a 14 do número de cadeiras para povos indígenas.


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Bolívia mata 3 que planejavam assassinar Evo Morales

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