Em relatório do Senado Federal publicado nesta terça (23), a administração revelou que editou em 15 anos um total de 312 boletins administrativos, contendo 663 atos que não foram publicados.

Os números constam do relatório final da comissão de sindicância criada para investigar a existência de atos irregulares, que eram usados para criar cargos a parentes de senadores, nas últimas administrações da instituição.

Na conclusão do relatório, a comissão, criada a pedido do primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), sugere a abertura de um processo de sindicância para apurar todos os atos secretos. Até o momento, apenas um dos 663 atos foi anulado: o que concede auxílio médico-vitalício aos diretores gerais.

“Vocês vão me perguntar se os atos serão anulados. Os atos não podem ser anulados, porque eles produziram efeitos, produziram pagamentos e as pessoas receberam de boa fé e têm direito sobre isso”, disse Fortes nesta terça.

Fortes ainda afirmou que a análise de todos os atos secretos deve ser publicada em 30 dias. “Precisamos deste prazo para que se tenha clareza sobre os atos”, completou.

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Apenas um dos 663 atos secretos foi anulado até o momento

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