A China ainda não autorizou a estreia do filme Anjos e Demônios, protagonizado por Tom Hanks, devido a atrasos relacionados com os distúrbios étnicos registrados no oeste do país.

O longa, dirigido por Ron Howard, teve problemas desde sua filmagem em Roma por causa do roteiro, já que consiste em um suspense no qual uma irmandade secreta, os Illuminati, conspira contra o Vaticano, uma trama revelada pelo especialista em simbologia Robert Langdon (Hanks).

“Submetemos Anjos e Demônios à censura (chinesa) no final de abril e seguimos à espera de que a SARFT nos dê uma resolução”, disse a vice-presidente e diretora geral da Sony Pictures na China, Li Chow.

Fontes ligadas à censura chinesa, que só aprova 20 fitas estrangeiras com bilheteria dividida ao ano, disseram que, embora o filme estivesse pronto par estrear após ser apresentado no Festival de Xangai, os tumultos de Xinjiang atrasaram de forma indefinida o processo de aprovação.

Essa região no oeste da China foi palco, este mês, de confrontos entre muçulmanos da etnia uigur e chineses, nos quais morreram mais de 200 pessoas.

Procurada, uma porta-voz da Administração Estadual de Rádio, Cinema e Televisão (SARFT, na sigla em inglês) que não quis se identificar se recusou a fazer comentários sobre o atraso da estreia do filme e negou qualquer vínculo com as revoltas étnicas de Xinjiang.


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"Anjos e Demônios" espera autorização na China para estrear