Estréia de Copa do Mundo nunca foi o forte da nossa seleção. Temos como
exemplos recentes como 1998 (sufoco contra a Escócia), 2002 (Turquia com a ajuda do árbitro) e 2006 (gol de Kaká diante da Croácia). Mas vale muito
para uma análise do que virá pela frente.

Ficou muito evidente que a seleção brasileira tem UM PADRÃO DE JOGO  DEFINIDO, um time que trabalha a bola esperando uma brecha para tentar
alguma jogada mais aguda. Só que nesse momento, aparece a preocupação de quatro anos: exceto quando joga em velocidade, não há um drible, algo criativo que possa abrir uma defesa fechada como a da Coréia do Norte.

Só ao final da primeira fase, saberemos se o 2×1 foi suficiente. Como Costa do Marfim e Portugal devem ganhar dos asiáticos, o saldo de gols vai determinar. Parece pouco.

Os alas

As laterais deveriam ter sido o caminho assim que começou o jogo. Pelo meio, muito congestionamento. A falta de informação pode ser uma das explicações para o apagado primeiro tempo.

Na volta do intervalo, Dunga pediu atenção aos alas e viu que ali era a saída. Quando passou pela primeira vez e chegou verdadeiramente à linha de fundo, Maicon fez o gol. Durante 45 minutos, o lateral da Inter de Milão
apareceu como sempre, mas ficou arriscando da intermediária.

A mesma avenida criada para atacar foi uma armadilha para defender. Maicon virou ponta e, por falta de cobertura dos volantes, viu o gol norte-coreano sair pelo seu setor.

Algumas atuações

Robinho: Parecer ser o único com “licença para driblar”. Foi o melhor em
campo. Está tão empolgado para tentar ser a estrela que chegou a armar a
equipe muitas vezes.

Kaká: Por mais que esteja recuperado de contusão no púbis, por mais que
esteja sem ritmo, não pode errar tantos passes.

Elano: Ainda oscilando, mas parece pronto para tentar fazer a função de
meia. O passe para Maicon foi preciso e a frieza no ótimo toque de Robinho
lembrou seus bons tempos.

Luis Fabiano: Discretíssimo e visivelmente incomodado com o jejum de seis
jogos sem marcar. É fundamental que controle o nervosismo.

Dunga: Fez boas e estranhas alterações para o seu padrão. Com 2×0, abriu
mais o time e sofreu o gol. No domingo, deverá optar pelas substituições
tradicionais.

Pelo que vimos dos mais fortes e tradicionais adversários, é bom o torcedor
se preparar: MUITAS EMOÇÕES e sofrimento virão. Ah!!! Que Kaká e Luis
Fabiano entrem na Copa. Eles serão necessários.

Colaboração: Raphael Prates


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A estréia de sempre e muitas emoções pela frente

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