O compositor italiano Ennio Morricone e a cantora islandesa Björk receberam hoje em Estocolmo o prêmio Polar, considerado o Nobel da música.

O júri destacou que as composições “geniais” de Morricone “elevaram nossa existência a outro plano”.

Diante da impossibilidade de usar orquestra completa por limitações orçamentárias, Morricone usou a criatividade para fazer a trilha sonora do filme Por um Punhado de Dólares em 1964. Ele construiu “um estilo que marcou o tom da música para o cinema durante meio século”, disse o júri, que destacou a influência do compositor se estende também ao pop, o rock e a música clássica.

A decisão destacou a “marca indelével” que Björk fez ao pop e a cultura moderna com sua música e letras “profundamente pessoais”, assim como “nenhum outro músico se movimenta tão livremente entre a vanguarda e o pop”.

“Björk introduziu um temperamento ártico na música popular e mostrou o quanto é apaixonada e explosiva ao mesmo tempo”, assinalou o júri.

Nascido em Roma em 1928, Morricone conquistou sucesso a partir de suas colaborações nos filmes de Sergio Leone, como O Bom, o Mau e o Vilão.

Compôs a música de mais de 450 filmes, trabalhando com diretores como Gillo Pontecorvo, Pier Paolo Pasolini, Bernardo Bertolucci, Giuseppe Tornatore, Brian De Palma, Roman Polanski, Warren Beatty, Oliver Stone e Pedro Almodóvar.

Björk (Reykjavík, 1966) ganhou fama no final dos anos 80 com sua banda The Sugarcubes, que abriu as portas para sua bem-sucedida carreira solo em 1993.

Cada uma dos ganhadores receberá 1 milhão de coroas suecas (US$ 129 mil).

O prêmio Polar foi criado em 1989 por Stig Andersson, editor, compositor e representante do grupo ABBA.

Desde que em 1992, quando começou a ser entregue, o Polar já premiou intérpretes como B.B. King, Keith Jarrett, Bob Dylan, Ray Charles, Pierre Boulez, Elton John, Bruce Springsteen, Stevie Wonder, Pink Floyd, Dizzy Gillespie e até Gilberto Gil.


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Ennio Morricone e Björk ganham prêmio Polar, o Nobel da música

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