A Aids poderá ser contida nos próximos cinco anos e, até 2050, tem chances de ficar quase nula em todo o mundo. A notícia foi dada pelo epidemiologista sul-africano Brian Williams, coordenador de um estudo sobre a doença, durante o congresso anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAS), realizado na Califórnia (EUA).

De acordo com ele, o tratamento com antirretrovirais pode, mais do que controlar o avanço da doença em pessoas infectadas, impedir rapidamente a disseminação do vírus. “Os remédios existentes no mercado são muito eficazes e produzem poucos efeitos colaterais, mas o problema é que não o utilizamos para frear a pandemia”, disse Williams.

O epidemiologista garantiu que, se forem tomados corretamente, os antirretrovirais podem diminuir em até dez mil vezes a concentração do HIV no sangue de uma pessoa contaminada, o que torna 20 vezes menos capaz de passar o vírus para outra pessoa. Tal efeito seria, por si só, suficiente para conter sua transmissão: como resultado, a mortalidade da doença sofreria redução em cinco anos em até 95% e, em 2050, a Aids passaria a ser considerada doença quase nula.

Atualmente, segundo estimativa da OMS (Organização Mundial de Saúde) referente a 2007, aproximadamente 33 milhões de pessoas em todo o mundo possuem o vírus da Aids. Dessas, 730 mil moram no Brasil, que tem o maior número de casos na América Latina.


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Cientistas acham possível quase eliminar a Aids do mundo até 2050

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