Foi de arrepiar. Assisti ao jogo da Argentina contra a Coréia do Sul no estádio Soccer City. Para variar, os organizadores falharam na segurança e com a credencial encoberta pelo agasalho, não fui parado em nenhuma das barreiras.

Torcedores com assentos mais modesto atravessavam para lugares mais confortáveis.

Logo na entrada, uma constatação: os argentinos estão em maioria em relação aos brasileiros.

Em campo, a impressão é de que também estão mais a vontade. No texto de ontem falei que os hermanos foram quem mais agradaram na primeira rodada. Pelo jeito vão continuar à frente do nosso ranking na segunda.

Diego Maradona colocou a equipe ainda mais no ataque. Tirou Verón e colocou Maxi Rodriguez. As tabelas eram constantes pela esquerda com Tevez inspiradíssimo. Quando Messi se aproximava de Híguain e Tevez era um verdadeiro inferno para a zaga coreana.

O sinal de alerta veio ainda no primeiro tempo. O erro grotesco de Demichellis originou o gol asiático.

Os sul-coreanos sabem jogar bola. No segundo tempo ficaram mais ofensivos, começaram a marcação no campo argentino e incomodaram.

Fiquei de olho em Maradona, que parecia querer entrar em campo e resolver a partida. Gutierrez é fraquíssimo e Heinze inseguro.

Exausto, Tevez deu lugar a Agüero (genro de Maradona). Messi voltou a jogar muito, encheu os olhos do torcedor com futebol digno de melhor do mundo.

Quando começaram os treinos em Ezeiza, Maradona indicava para esse caminho. Parece feliz com a escolha. Quando vejo a Argentina jogando me lembro imediatamente do Santos no primeiro semestre: FAZ MUITOS GOLS E SOFRE MUITOS TAMBÉM. SÃO TIMES COM FORTE VOCAÇÃO OFENSIVA.

Coitado do Mascherano. Sobra tudo pra ele. Parece um maluco correndo no meio de campo para outros jogarem. Se isso não for corrigido, será expulso e trará muitos problemas.

Grécia, Coréia do Sul e Nigéria disputam uma vaga. Os coreanos estão melhores, os gregos esperam por um milagre e os nigerianos podem se classificar perdendo dois jogos.

França fora

Não é novidade para ninguém que a França é uma seleção decadente. Mas a sonolência e o conformismo em ser derrotada chamam a atenção. É uma equipe sem inspiração, com um treinador desastroso e sem jogadores que assumam responsabilidade.

O desempenho sofrível nas eliminatórias não serviu de alerta: continuou uma seleção previsível. Vexame total.

O México jogou como time grande, dominou as ações e aniquilou as chances francesas.

Uruguaios e mexicanos vão duelar para fugir da Argentina. A França merece ficar atrás da África do Sul.

(Colaboração: Raphael Prates)


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Argentina cada vez mais perigosa e o vexame francês