Twitter x Threads: especialistas opinam sobre rixa entre Musk e Zuckerberg (Foto: Divulgação)

De um lado, Elon Musk, com o seu recém comprado Twitter, do outro, Mark Zuckerberg, com a nova aposta de textos curtos do Meta: o Threads. Mas qual dos gigantes da tecnologia irá ganhar a disputa e conquistar a preferência dos usuários?

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Para contextualizar um pouco a história, não foi apenas o lançamento da Threads, na última semana, que levantou a discussão entre o sul-africano e o norte-americano. Em junho, Musk até convidou Zuckerberg para participar de uma ‘cage fight’ (luta em jaula). Enquanto a negociação da briga física permanece nos bastidores, o dono da Meta decidiu iniciar a disputa do jeito que ele mais gosta: no modo online.

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A iniciativa de Zuckerberg vem após o Twitter demonstrar diversas instabilidades. Segundo dados da Semrush, plataforma de gerenciamento de visibilidade online, após Musk comprar o Twitter, em outubro de 2022, e anunciar algumas mudanças na rede social, a plataforma registrou, logo no primeiro mês, queda em seu tráfego. Os 84 milhões de visitas à plataforma no Brasil caíram para 29 milhões durante o período. Por outro lado, se analisarmos a procura na internet pelo nome dos adversários, Musk sai na frente. Em maio de 2023, foram feitas cerca de 368 mil buscas pelo nome do dono da Tesla, enquanto Zuckerberg registrou 135 mil procuras.

Para entender em detalhes a disputa, convidamos 3 especialistas para fazer suas apostas e opinarem sobre o tema. Confira:

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Erich Casagrande, líder de marketing da Semrush no Brasil: 

“É sempre bom e interessante quando novas redes sociais ou canais surgem. Dificilmente eles serão algo ruim, mas com certeza podem, após algum tempo, cair no ostracismo – exemplo mais recente disso foi o efêmero Club House. Afirmar agora que o recém lançado Threads será um sucesso ou apenas mais uma rede é difícil, fato que chegar apoiado com uma integração direta do Instagram ajuda muito. Já vimos o que o Zuckerberg conseguiu fazer com o Snapchat quando adicionou o Stories no Instagram. E quanto a disputa de Musk ou Zuckerberg, bem, isso é coisa de egos e está mais para o entretenimento. Importante é não sermos reféns das vontades deles. Por isso, na perspectiva de marketing, o mais importante é criar a sua própria audiência, conhecer e saber se comunicar com seu público, gerar engajamento independente da rede e oferecer uma boa experiência e informação. O básico é sempre válido antes de qualquer lugar”.

Phelipe Barros, gerente de estratégia da Sioux,  agência de comunicação digital consultiva:

“O Threads, nova rede social de Mark Zuckerberg, apresenta semelhanças com o Twitter, porém com algumas diferenças marcantes, como a ausência de anúncios e excesso de vídeos durante a navegação. Além disso, sua estratégia de incluir um botão para seguir todas as pessoas do Instagram e a existência de uma timeline única, que mistura conteúdos de pessoas seguidas com conteúdos de terceiros, parecem favoráveis ao Threads. Embora seja cedo para afirmar com certeza, é possível que a nova rede de Zuckerberg represente um desafio significativo para o Twitter, principalmente considerando o poder do grupo Meta, que possui duas das redes mais populares do mundo. Redes sociais mais “clean”, como BeReal e TikTok, têm se destacado entre o público jovem por sua autenticidade, característica importantíssima no atual universo das redes sociais. De qualquer forma, somando 70 milhões de usuários em menos de 72 horas e ao incluir um botão para seguir todas as pessoas do Instagram instantaneamente, o Threads se apresenta como mais uma alternativa promissora de Zuckerberg”.

Letícia Bernardes, gerente de marketing digital da Agência Califórnia:

“Em um mundo cada vez mais conectado, é fundamental que as marcas estejam presentes nas plataformas onde o público se encontra. Uma nova rede social em ascensão oferece uma oportunidade única para as marcas ampliarem sua visibilidade e se engajarem com seu público-alvo de forma inovadora. Ao aproveitar essa plataforma em crescimento, as marcas podem alcançar novas audiências e também se conectar com o público já existente em outras redes. Quando isso acontece, construímos um ciclo de conexão muito valioso, onde a conexão com a marca irá ocorrer em diversos momentos do dia, conforme a rotina de acesso às redes sociais de cada pessoa. É uma chance de fazer parte da jornada de consumo de conteúdo e de ser sempre lembrado pelo público!”


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Twitter x Threads: especialistas opinam sobre rixa entre Musk e Zuckerberg