Os modelos dos aparelhos celulares estão cada dia mais inovadores. Esta semana o Virgula Tech traz um especial que contará a evolução do celular no Brasil até a chegada do iPhone 3G, que estréia essa sexta-feira, nos EUA.
O primeiro celular do mundo surgiu em 1973, criado por Martin Cooper, e pesava um quilo. Mas somente em 1990 um aparelho de celular veio alegrar a vida dos brasileiros. Quem não lembra do celular tijolo da Motorola? Ou o MicroTAC (foto) com flip, que era considerado o mais leve da categoria e a bateria durava 90 minutos em uso, lançado pela TELERJ.
Na época o país contava com 667 aparelhos, número que subiu para 6.700 em 1991 e ultrapassou o número de 30 mil em 1992, além de atingir a marca de mais de 47 milhões de aparelhos em fevereiro de 2004, de acordo com a Anatel.
A telefonia móvel era domínio estatal até 1997 e a privatização da empresa foi fator determinante para o deslanchamento das compras dos celulares. Antigamente, o preço de um aparelho era muito caro, após a absorção da TELERJ pela Telemar, adquirido pela Telefônica Celular, que hoje é conhecido como Vivo, os preços dos celulares começaram a ficar acessíveis a uma parcela maior da população.
Quando saiu o celular eu demorei muito para tê-lo. Num primeiro momento ele era visto como uma coisa supérflua, objeto de desejo da classe dominante, status. Depois, aos poucos, foi-se verificando que era uma grande ferramenta de trabalho. À medida que foi ficando barato, tanto o aparelho, quanto a linha, foi paulatinamente sendo absorvido por todas as classes, comentou o empresário Wesley Garcia.
A abertura do mercado para capital privado proporcionou um aumento significativo na escala de produção de aparelhos e no fornecimento de serviços barateados pela disputa dos consumidores. Com o advento da tecnologia, as idéias, ou melhor, os inventos tendem a se tornarem obsoletos rapidamente. No passado um grande invento perdurava anos até ser substituído por um outro. Era assim com tudo, inclusive a moda. No caso do estilo Luiz XV, se dava pela vestimenta, estilo dos móveis.
Com a popularização do celular, as classes sociais mais baixas se privilegiaram. Um encanador, por exemplo, com celular tem condições muito melhor de atender seus clientes, além dos marceneiros, pedreiros, mecânicos, que estão à disposição de seus fregueses, mesmo que estejam trabalhando em um local distante de sua base, afirmou o empresário.